domingo, 27 de abril de 2008

As Esposas de Odùduwà -


- "O artefato pode por hipótese, ser o da cabeça de uma Óònì feminina", ou ainda, esposa de algum Óònì de Ifé, note que na cabeça o suposto Aré, não esta completo. -

Algumas das esposas de Odùduwà :

Olóòkun Seniade : Ìyá Òkun, a Mãe e dona do Mar, a primeira e a favorita de Odùduwà. A senhora da prosperidade, fartura e riqueza como o proprio mar, a mãe de Ògún e Ìsèdélè.

Osààrá : "aquela que foi abençoada com muitos filhos", é cultuada no santuário de Olóòkun e tem sua festa anual chamada de Àgbon.

Omìtótó-Òsé : uma das favoritas, mãe de Ajíbogun, que mais tarde se tornou Owá Obòkun, que fundou as cidades de Ìbòkun e Ilésà. Alguns dizem que ela adotou ou foi mãe de Obàloràn, natural de Ìloràn, que mais tarde se tornou chefe de Ilódè, cidade natal de sua mãe. Outros ainda dizem, que ele foi filho de Sàpàrákùnní, então donzela de rara beleza que vivia com sua irmã Omìtótó, casa esta, que Odùduwà visitava com muita frequência, e que teve noites de intenso amor. Com isso conheceu e se apaixonou por Omìtótó, com quem mais tarde se casou.

Ojùmmu-Yàndà : à que fez esforços sucessivos para conter e mediar às longas disputas entre Odùduwà e Obàtálá.

Lakanje : também conhecida como Aníhunka, a mais bela e sensual das esposas, a mãe de Òrànmíyàn.

Omonide : à quem teve vários filhos de Odùduwà, entre eles alguns que se tornaram Oba, como o Alákétu e o Aláké. Dizem também, que ela ou um dos seus descendentes foi quem fundou a cidade de Abéòkuta.

Ogunfunminire : dizem que foi mãe de muitos filhos de Odùduwà e foi quem fundou a cidade de Lagos.

Yèyémòólú : foi a mais velha (em idade) de todas as esposas, tinha a responsabilidade de supervisionar toda à alimentação servida a seu esposo. Dizem, que se transformou em um poço de água potável e extremamente saudável. Por este e outros motivos, todos os Óònì que reinaram e reinarão em Ifé, sem "casam" primeiramente com ela antes de morarem definitivamente no palácio como Óònì, onde até hoje existe o poço que Yèyémòólú se transformou e onde é reverenciada.

Àtìbà : para uns ela não teve filhos, para outros foi a mãe dos Oba Osemofarawe e Ebumàwe que foi o fundador da cidade de Àgó-Ìwòyè. Foi uma das esposas que mais idade tinha, e se transformou numa pequena peça de granito, hoje na entrada do Museu de Ifé.

Os Òrìsà Funfun




Os "Òrìsà Funfun" são aqueles que vieram com Òbàtálá, seu líder, para Àiyé, ou posteriormente, aderiram ao grupo ou a ele. Praticamente são considerados como um clã ou sua "própria família". Òbàtálá se tornou o mais conhecido e reverenciado de todos os Òrìsà, por toda terra dos Yorubas e

por extensão em todo o Mundo.

- Imagens de Òbàtálá e Yemowo, sua única esposa, no templo de Ìdèta-Ilê em Ilê-Ifé, no bairro de Itapa, anteriormente era no bairro de Ìdèta. -

Alguns dos Òrìsà Funfun* :

Òrìsàála, Òrìsà-nla, Òsàla, ou Òbàtálá : O primeiro Òrìsà a ser criado por Olódùmarè.

Òrìsàteko ou Eteko Oba Dùgbè : Um grande guerreiro associado a Òbàtálá nas longas disputas de liderança com Odùduwà. Como seu principal templo é em Ìjúgbè, é também conhecido por Òrìsà Ìjùgbè. Este Òrìsà também esta relacionado com a agricultura, dizem que foi o primeiro a cultivar o inhame.

Òrìsà Akiré : Um guerreiro poderoso e rico e que tinha muitos escravos, tudo oriundo de espólios de suas conquistas. Seus principais templos são em Ìlàré e em Arùbídì. Dizem uns que Òrìsàkiré é um Òrìsà da paz, da produtividade e da opulência.

Òrìsà Aláse ou Olúorogbo : "Aquele que possui o infinito saber", quem ensinou ao Homem a se comunicar com símbolos e/ou marcas. Dizem que foi ele quem resolveu parte da longa e eterna disputa entre Òbàtálá e Odùduwà.

Òrìsàjiyán ou Ògiyán : também Ewúléèjìgbò na cidade de Èjìgbò.

Òrìsàlufan ou Olufan : também Òsàlufan na cidade de Ifan.

Òrìsà Oko : Òrìsà da agricultura. Da cidade de Ìràwò.

Òrìsà Òkè : Òrìsà das colinas e dos montes.

Òrìsàròwu ou Òrìsà Lòwu : Na cidade de Owu.

Òrìsà Ajagemo : Na cidade de Ede.

Òrìsà Olúwofín : Na cidade de Iwofin.

Òrìsà Pópó : Na cidade de Ògbómòsó.

Òrìsà Eguin : Na cidade de Owú.

Òrìsà Jayé : Na cidade de Ijàyé.

Òrìsàko : Na cidade de Oko.

Òrìsà Olóbà : Na cidade de Òbá.

Òrìsà Obaníjìta : ................

Òrìsà Alajere : ....................

Òrìsà Olójó : .......................

Òrìsà Oníkì : ......................

Òrìsà Onírinjà : .................

Òrìsà Àrówú : ....................

* Òrìsà funfun - divindades que tem como rito comum o uso de elementos e oferendas de cor branca ou derivada, e tabus alimentares ou outros, por vezes também semelhantes. Quando não, são também assim chamados por fazerem parte do processo da criação - que são os casos, principalmente de Odùduwà e Òrúnmìlà.

* O rito e o culto dos Òrìsà funfun, são tão semelhantes ou quase idênticos, que em vários casos é difícil distinguir se se trata de divindades distintas ou são qualidades de Òbàtálá, ou ainda, somente nomes diferentes do mesmo Òbàtálá. Pode, por estes ou outros inúmeros fatores, que o levaram a ser o mais conhecido Òrìsà do panteão, obviamente, sem se esquecer da sua real importância na gênesis yoruba.

O Onílù, o tocador de tambor, quando é especialista no tipo Ìgbìn, são chamados de Alùgbìn, que é o caso no templo Ìdèta-Ilê de Òbàtálá, em Ilê-Ifé. O ìgbìn é o nome do tambor de Òbàtálá, e do seu ritmo de dança preferido. -

Os Àgbàgbà



Os "dezesseis" àgbà (anciões) que vieram com Odùduwà para criar o Àiyé, que por este motivo se tornou Olófin Odùduwà, o Àjàlàiyé.

- Máscara de cobre, que dizem representar o segundo Óòni de Ilê-Ifé, o Oba Obàlùfan Ògbógbódirin, filho de Odùduwà, alguns falam que foi o primeiro Oba a ser realmente coroado e o primeiro a usar a então tradicional coroa, o Ade Aré. -

1. Òrúnmìlà ou Àgbónmìrégún : "Senhor do Oráculo de Ifá", foi o primeiro companheiro e o Chefe Conselheiro de Odùduwà, um primeiro ministro, orientando sobre tudo e a todos, inclusive em assuntos governamentais de Ilê-Ifé.

2. Obàtálá : também chamado de Òrìsànlá : considerado o primeiro e principal artesão, por modelar os corpos dos seres humano, é aclamado como Alámòrere, "Senhor da boa argila", por extensão, o patrono dos artistas, principalmente dos escultores.

3. Olúorogbo ou Òrìsà Aláse : foi o terceiro àgbà em importância depois de Odùduwà, aquele que foi o "Salvador do Mundo", que fez chover numa grande seca, pois foi o chefe mensageiro entre o Oba Orún e o Oba Àiyé, ou seja entre Olódùmarè e Odùduwà.

4. Obamèri : também chamado de Alapa-Aharemadà : foi o seu "general".

5. Orèlúéré ou Orè (Oré) : Olóde Orè, o chefe dos caçadores e guardião das tradições e da moral. Para uns, após Odudùwà ter criado o mundo, o primeiro a pisar na terra e depois explora-la, foi Olóde Orè, antes de qualquer um, como manda a tradição era uma das funções dos caçadores, por isto é também aclamado como Onílè, "Senhor da terra". Dizem que mais tarde, ele se tornou um dos companheiros de Òbàtálá.

6. Obasìn ou Èsù Obasin : Era quem controlava os intempéries da natureza, e mais tarde, tornou-se o principal assistente de Òrúnmìlà.

7. Obàgèdè ou Obàgîdî : foi o chefe mensageiro de Obamèrì.

8. Ògún : foi o chefe dos guerreiros.

9. Obamakin : sem dados ...........................

10. Obawinni Oreluko : também chamado de Oro-Apasa ,que mais tarde se tornou se tornou um dos companheiros de Òbàtálá, foi ele quem tornou Òbàtálá o 1º Oba dos Ìgbò, quando da retirada deles de Ilê-Ifé, imposta por Obamèri. Depois que Òbàtálá se foi, ele os liderou e se tornou o 2º Oba dos Ìgbò.

11. Aje Sàlugá : "Senhor da Riqueza", foi o "financeiro" de Odùduwà. Outras fontes dizem que foi uma filha de Olóòkun com Odùduwà. É interessante notar, que como divindade masculino, seu símbolo seja uma grande concha marinha, que estranhamente é também um dos símbolos de Olóòkun.

12. Èrìsilè : sem dados ..........................

13. Élésìje: Foi um ervanário, que iniciou a pratica da medicina tradicional.

14. Olósé : sem dados ..........................

15. Alajó : : sem dados ..........................

16. Èsìdálè : que cuida daqueles que morrem tragicamente, como mulheres que morrem ao dar à luz, inclusive os suicidas.

Outros, incluem na comitiva :

Olóòkun : A primeira e favorita esposa de Odùduwà. A Deusa do Mar.

Òrìsàtéko Ìjùgbè ou Obaresé : um grande guerreiro e companheiro muito ligado a Obàtálá.

Yemowo : que foi a única esposa de Obàtálá.

Outros não consideram Obàtálá como um dos 16, pois chegou somente após os 16, porém, antes da segunda vinda de Odùduwà.

Uns dos seus partidários, dos 16, foram Orèlúéré e Obawinni.

mais uma foto do omo-oba

OS OBA/Descendentes de Odùduwà : filhos e/ou netos.






Veja as fotos acima e abaixo ampliadas e completas, com uma legenda sobre cada Oba em Oba 1 e Oba 2



Oba Òrángún

Oba Déji

Oba Owá

Oba Óònì

Oba Alákétu

Oba Aláàfin

- Ade Olójúmérìndilógún, é a coroa possuidora de 16 faces, que para alguns, faz alusão aos possíveis 16 filhos de Odùduwà. Pode se ver o Oba Owá usando este tipo de ade. -

A FORMAÇÃO DA NAÇÃO YORUBA

À partir de alguns dos filhos e/ou netos de Olófin Odùduwà, Óònì de Ilê-Ifé, Oba dos Ifé e Bàbánláàwa dos Yoruba :

Uma Princesa, de nome desconhecido : filha ou neta de Odùduwà, que casou-se com um sacerdote, e foi mãe de Ajíbósìn, que se tornou o Olówu de Òwu. Ou não foi uma princesa e sim uma das esposas de Odùduwà : Omìtótó-Òsé, que foi a mãe de Ajíbósìn.

Sopasan : Alákétu de Kétu, filho de Odùduwà com Omonide, uma de suas esposas; ou foi filho de uma princesa, filha ou neta de Odùduwà, de nome desconhecido, ou, que se chamava Oluwunku, que se casou com Paluku e foram então os pais de Sopasan, o qual fundou, num vale do monte Òkè-Oyan, a primeira cidade dos Kétu, que se chamou Arò-Kétu. O sétimo Alákétu o Oba Ede, transferiu sua corte da então capital do reino, Arò-Kétu para uma que fundou, à atual cidade de Kétu, hoje na República do Benin.

Ajagunlà : Òrángún de Ìlá.

Nome desconhecido : Onisabe, Reino dos Save, hoje na República do Benin.

Idekòséroàké também conhecido como Okànbí Odara : Onípòpó, Reino dos Pòpó, hoje na República do Benin.

Òrànmíyàn : Obaàbínín da cidade do Benin, destronando e o expulsando Ogìso, inicia a linhagem dos Oba no Benin, sua dinastia tem continuidade com Èwékà, seu filho com uma mulher do local, que o sucedeu após ele, Òrànmíyàn deixar a cidade.

Òrànmíyàn : Aláàfin dos Oyó, funda a cidade após a conquista da cidade do Benin. Oyó se tornou um grande Reino e mais tarde, um poderoso Império.

Àjàlekè : Aláké dos Ègbá.

Ajíbógun : Owá Obókun das terras de Ilesa - Ijesa.

Obàlùfan Aláyémore : Olùfan de Ifan .

Àjàpondà : Déji de Àkúré.

Olúgbórógan : Awùjalè das terras de Ìjèbu.

Obaràdà : Um Reino, hoje na República do Benin.

Onínàná : Um Reino, hoje na República de Gana.

Ogbè : Ajèro de Ìjero.

.......... : o clã dos Ido, das terras de Ègbádò, hoje parte destas cidades como Pobé, Saketé e Ajase ( Porto Novo) estão na República do Benin.

Soropàsán : .......... dos Ìgbómínà.

IIê-Ifé :






A cidade de Ilê-Ifé é considerada pelos yorubas o lugar de origem de suas primeiras tribos. lfé é o berço de toda religião tradicional yoruba (a religião dos Òrìsà, o Candomblé do Brasil) ,é um lugar sagrado, onde os deuses ali chegaram, criaram e povoaram o mundo e depois ensinaram aos mortais como os cultuarem, nos primórdios da civilização. Ilê-Ifé é o "Berço da Terra".

"Em um tempo onde os Deuses e Heróis andavam na terra com os Homens."



Oba Òrángún de Ìlá, um descendente direto de um dos sete principais filhos, dos dezesseis de Odùduwà. Veja alguns destes Oba Omo-Oodua -
Olódùmarè

Olódùmarè o ser superior dos yorubas, que vive num universo paralelo ao nosso, conhecido como Òrún, por isso Ele é também conhecido como Àjàlórún e Olórun "Senhor ou Rei do Òrún", que através dos Òrìsà por Ele criado, resolve incumbir um dos Òrìsà funfun (do branco), Òrínsànlá, (o grande Òrìsà) o primeiro a ser criado, também chamado de Òrìsà-nlá e de Obàtálá, de criar e governar o futuro Àiyé : a Terra, do nosso universo conhecido. Ele lhe entrega o Àpò-Iwá (a sacola da existência) o qual contém todas as coisas necessárias para a criação, e é aclamado como Aláàbáláàse, "Senhor que tem o poder de sugerir e realizar". Como a tradição mandava, para todos, antes de iniciar a viagem ele foi consultar o oráculo de Ifá, com Òrúnmìlà, outro Òrìsà funfun, e este lhe orientou a fazer alguns sacrifícios a divindade Èsù, mas se ele já era orgulhoso e prepotente, mais ainda ficou, se recusou e nada fez, mas foi avisado que infortúnios poderiam ocorrer.

Òrìsànlá, de posse do Àpò-Iwá, põe-se a caminhar pelo Òrún, para chegar à "porta do espaço", até então um vazio, que viria a ser o Àiyé. Ele é o Òrìsà que usa um cajado ritual conhecida como òpásóró, durante o caminho, com muita sede, ele se defronta com o igi-òpé (árvore do dendêzeiro) e com o seu òpásóró, perfura o caule da árvore da qual começa a "jorrar o emu" (vinho de palma), e põe-se a beber, a tal ponto, que cai totalmente embriagado no pé da palmeira e dorme profundamente. O infortúnio começa acontecer.

Odùduwà, outro Òrìsà funfun, o segundo criado por Olódùmarè, por conceito "irmão mais novo" de Òrìsànlá, ficou enciumado, porque Olódùmarè tinha entregado a Òrìsànlá o Àpò-Iwá, e o estava seguindo pelos caminhos do Òrún, esperando que ele cometesse algum deslize, o que de fato aconteceu. Odùduwà, encontrando-o naquele estado, apodera-se do Àpò-Iwá e leva-o até Olódùmarè, narrando o acontecido, e, por este fato, Olódùmarè delega a Odùduwà o poder de criar o Àiyé e por punição incumbe a Òrìsànlá de somente criar e modelar os corpos dos seres humanos no Òrún, sob sua supervisão e o proíbe terminantemente de nunca mais beber o emu. Odùduwà, então, cumpre a tradição e faz as obrigações, para se tornar o progenitor dos Yorubas, do Mundo : Olófin Odùduwà, o futuro Àjàlàiyé.

Desde então a relação tempestuosa entre Odùduwà e Obàtálá se perpetuou, ora em disputas, discórdias, controvérsias e de outras formas, mas sempre munindo a eterna rivalidade.

Veja e leia : fotos e dados sobre o Ade Are Odùduwà -
Odùduwà

Odùduwà chegando ao Àiyé, cria tudo o que era necessário e delega poderes às divindades que o seguiram, conhecidos como os Àgbà*, para governarem a criação, e volta ao Òrún, e só retornaria quando tudo estivesse realmente concluído. Òrìsànlá, que tinha ficado no Òrún com seus seguidores, já tinha moldado corpos suficientes para povoar o inicio do mundo, vai então para o Àiyé, com seus seguidores, os Funfun*; fato que ocorre antes da volta de Odùduwà para o Àiyé. *Anexos.

Quando Olófin Odùduwà retorna ao Àiyé, funda a cidade de Ilê-Ifé, e vem a ser o primeiro Oba (rei) do povo yorubano com o titulo de "Oba Óòni", ou seja, o primeiro Óòni de Ifé, e a cidade se torna a morada dos deuses e dos novos seres.

Durante todo este tempo, Odùduwà que já estava casado com Ìyá Olóòkun, divindade feminina, responsável e dona dos mares, tem dois filhos, o primogênito, a divindade Ògún e uma filha de nome Ìsèdélè. O tempo passa, e Odùduwà, que era uma divindade negra, porém albina, incumbe seu filho Ògún de ir para a aldeia de Ògòtún, vizinha de Ifé, conter uma rebelião.

Ògún, divindade negra, senhor do ferro, parte para sua missão e realiza o intento, trazendo consigo Lakanje, filha do rebelde vencido. Ora, Lakanje era espólio de Odùduwà, o Óòni de lfé, portanto intocável, mas Lakanje era muito bela e extremamente sensual e Ògún não resistiu aos seus encantos e com ela teve várias noites de amor, durante sua viagem de volta. Chegando a lfé, ele entrega os espólios da conquista, inclusive Lakanje, a seu pai Odùduwà, que também não resistiu aos lindos encantos da mortal Lakanje e por ela se apaixona e acabaram por casar-se. Ògún nada tinha contado a seu pai dos fatos ocorridos e logo após o casamento Lakanje está grávida, desta gravidez nasce um filho de nome Odéde.

Só que o destino foi fatídico, Odéde nasceu metade negro, como a pele de Ògún e metade branco, como a pele do albino Odùduwà, revelando assim, a traição de Ògún para com a confiança do seu pai, esta situação gerou muita discussão entre Odùduwà e Ògún, mas a principal foi "quem tinha razão", ou, quem teria mais "genes" no filho em comum, Odéde, e cada um se posicionava com a seguinte frase : "a minha palavra triunfou" ou "a minha palavra é a correta", que aglutinada é Òrànmíyàn e foi assim que ele passou a ser chamado e conhecido.

Com Lakanje, uma das muitas esposas de Odùduwà*, ou com outras, teve ou já tinha mais seis filhos, outros dizem dezesseis, uns, um número maior ainda, enfim, alguns dos filhos destas esposas, geraram as linhagens dos Obas Yorubanos, uns foram os precursores de sete das principais tribos, ou mais, que deram origem à civilização dos yorubas, e religiosamente falando, todos os povos do mundo. Os filhos, netos ou bisnetos de Odùduwà, os deuses, semideuses e/ou heróis, formaram a base da nação yoruba, portanto Olófin Odùduwà Àjàlàiyé é aclamado como "O Patriarca dos Yorubas". *Anexo

Obàtálá (Òrìsànlá) ,que também já estava no Àiyé com sua comitiva, mas devido a grande rivalidade com Odùduwà, foi expulso de Ilê-Ifé e funda a cidade de Ìgbò e se torna o primeiro Obà Ìgbò chamado também de Bàbá Ìgbò, pai dos ìgbòs. Numa sociedade polígama, Òrìsànlá é um caso raro de monogamia, pois a divindade Yemowo foi sua única esposa e não tiveram filhos.

- Òpá Òrànmíyàn, em Ilê-Ifé, mais fotos e dados em Òrànmíyàn -
Òrànmíyàn

Após grandes vitórias, Òrànmíyàn torna-se o braço direito de seu pai em Ilê-Ifê, pois seus outros irmãos foram povoar regiões distantes, menos Obàlùfan Ògbógbódirin. Odùduwà ordena então que Òrànmíyàn conquiste terras ao norte de Ifé, mas Òrànmíyàn não consegue cumprir a tarefa e sai derrotado e, com vergonha de encarar seu pai, não volta mais a Ifé, com isso funda uma nova cidade e lhe dá o nome de Oyó, tornando-se o primeiro Oba Aláàfin de Oyó.

Casado com Morèmi, uma bela mortal ,nativa de Òfà ,que se tornou mais tarde uma heroína em Ilê-Ifé, da qual tem um filho, que recebe o nome de Ajaká. Após algum tempo, Òrànmíyàn investe em novas conquistas e volta a guerrear contra a Nação dos Tapas, onde havia sido derrotado, mas desta vez consegue uma grande vitória sobre Elémpe, na época rei dos Tapas. Por sua derrota, Elémpe entrega-lhe sua filha Torosí, para que se case com ele. Retornando a Oyó, Òrànmíyàn casa-se com Torosí e com ela tem um filho, chamado de Sàngó, um mortal, nascido de uma mãe mortal e um pai semideus, portanto com ascendentes divinos por parte de pai.

Após este período com inúmeras vitórias, a cidade de Oyó torna-se um poderoso império, Òrànmíyàn, prestigiado e redimido de sua vergonha, volta para Ilê-Ifé, deixando em seu lugar, em Oyó, o príncipe coroado, seu filho Ajaká, que torna-se o segundo Aláàfin de Oyó.

Em uma de suas conquistas, a da cidade de Benin, anterior a fundação de Oyó, Òrànmíyàn termina com a dinastia de Ogìso, o então rei, expulsando-o e assumindo o trono, tornando-se o primeiro Obabínín, e inicia sua dinastia tendo um filho, chamado Èwékà, com uma mulher do local. Antes de deixar a cidade, ele torna Èwékà como seu sucessor no trono do Benin. (Atual cidade na Nigéria, antigo Reino do Benin, não confundir com a República do Benin, antigo país chamado Daomé.)

Durante sua longa ausência em Ilê-Ifé, Obàlùfan Ògbógbódirin ,seu irmão mais velho, se tornou o segundo Óòni de Ifé, após o reinado de Odùduwà. Quando Obàlùfan morreu, e ninguém sabia do paradeiro de Òrànmíyàn, o povo de Ifé aclamou Obàlùfan Aláyémore como sucessor direto de seu pai.

Quando Òrànmíyàn chega em Ifé, Obàlùfan Aláyémore já reinava como o terceiro Óòni de Ifé, mas com um fraco reinado. Enfurecido com o povo de Ifé que haviam aclamado Aláyémore, e que o tinham chamado para combater possíveis inimigos, o poderoso guerreiro colérico ,comete varias atrocidades e só para quando uma anciã grita desesperada que ele está destruindo seus "próprios filhos", o seu povo. Atônito, ele finca no chão seu asà (escudo) que imediatamente se transforma em uma enorme laje de pedra ,num lugar hoje chamado de "Ìta Alásà" ,e decide ir embora e nunca mais voltar à Ifé.

Quando rumava para fora dos arredores de Ifé ,em Mòpá, foi interceptado pelo povo que o saudavam como Óòni de Ifé e suplicavam por sua volta. Ele então satisfeito e envaidecido ,atende ao povo e finca no chão seu òpá (seu bastão de guerreiro) transformando-o em um monólito de granito (ver foto : Òpá Òrànmíyàn) selando assim o acordo com o povo e volta em uma procissão triunfante ao palácio de Ifé.

Sabendo disso, Obàlùfan Aláyémore abandona o palácio e se exila na cidade de Ìlárá. Òrànmíyàn ascende ao trono e se torna o 4ª Óòni de Ifé até sua morte. Obàlùfan Aláyémore, retorna do exílio e reassume como o 5ª Óòni de Ifé e reina deste vez, com sucesso até a sua morte.

- Adé Òrìsà, tipo de coroa real tradicional, somente usada por alguns privilegiados reis que sejam descendentes de Odùduwà. -
Ajaká

O Aláàfin de Oyó, o Oba Ajaká, meio irmão de Sàngó, era muito pacifico, apático e não realizava um bom governo.

Sàngó, que cresceu nas terras dos Tapas ( Nupe), local de origem de Torosí, sua mãe, e mais tarde se instalou na cidade de Kòso, mesmo rejeitado pelo povo por ser violento e incontrolável, mas sendo tirânico, se aclamou como Oba Kòso. Mais tarde, com seus seguidores, se estabeleceu em Oyó, num bairro que recebeu o mesmo nome da cidade que viveu, Kòso e com isso manteve seu titulo de Oba Kòso. Sàngó percebendo a fraqueza de seu irmão e sendo astuto e ávido por poder, destrona Ajaká e torna-se o terceiro Aláàfin de Oyó.

Ajaká, também chamado de Dadá, exilado, sai de Oyó para reinar numa cidade menor, Igboho ,vizinha de Oyó, e não poderia mais usar a coroa real de Oyó. E, com vergonha por ter sido deposto, jura que neste seu reinado vai usar uma outra coroa (ade), que lhe cubra seus olhos envergonhados e que somente irá tira-la quando ele puder usar novamente o ade que lhe foi roubado. Esta coroa que Dadá Ajaká passa a usar, é rodeada por vários fios ornados de búzios no lugar das contas preciosas do Ade Real de Oyó, e esta chama-se Ade Bayánni (ver fotos). Dadá Ajaká então casa-se e tem um filho que chama-se Aganju, que vem a ser sobrinho de Sàngó.

Sàngó reina durante sete anos sobre Oyó e com intenso remorso das inúmeras atrocidades cometidas e com o povo revoltado, ele abandona o trono de Oyó e se refugia na terra natal de sua mãe em Tapa. Após um tempo, suicida-se, enforcando-se numa árvore chamada de àyòn (àyàn) na cidade de Kòso. Com o fato consumado, Dadá Ajaká volta à Oyó e reassume o trono, retira então o Ade Bayánni e passa a usar o Ade Aláàfin, tornando-se então o quarto Aláàfin de Oyó. Após sua morte, assume o trono seu filho Aganju, neto de Òrànmíyàn e sobrinho de Sàngó, tornando-se o quinto Aláàfin de Oyó.

Com Aganju, termina o primeiro período da formação dos povos yoruba e após seu reinado se dá inicio ao segundo período, o dos reis históricos. Vimos : "De Ifé até Oyó, de Odùduwà a Aganju, passando por Sàngó."

- Adé Bayánni, tipo de coroa usada por Dadá Ajaká, durante seu exílio na cidade de Igboho. Veja este e outros ampliados em Bayánni -
Sàngó

O que notamos nesse primeiro período yorubano, é que na realidade, o que se fala de Sàngó, e a sua história nos Candomblés do Brasil, e de outros acima descritos, é incorreto, levando os fiéis a crer em fatos irreais.

Inicialmente, averiguamos que Odùduwà é um Òrìsà funfun masculino e único, é o pai do povo yorubano e não uma simples "qualidade" de Òrìsànlá ou seja, são divindades totalmente distintas, inclusive, não se suportavam, pelos fatos vistos; e que também Ìyá Olóòkun, é um Òrìsà feminino e a Dona do Mar, portanto da água salgada, é quem governa os oceanos e não o Òrìsà Yemojá, "Senhora do rio Yemojá e do rio Ògùn", divindade de água doce, e muito menos mãe de Ògún e de outros filhos Òrìsà à ela atribuídos. Notar a acentuação diferente no nome do Òrìsà Ògún e do rio, pois são palavras distintas.

Quanto a Sàngó, demonstramos que foi um mortal em sua vida no Àiyé, portanto quando morreu, tornou-se um egún, pois seus pais eram mortais. O que ocorreu em sua vida, foi que uma de suas esposas, e a única que o acompanhou em sua fuga de Oyó, era a divindade Oya, loucamente apaixonada por ele, e no instante de sua morte ela o pega com o seu poder de Òrìsà e o conduz diretamente a Olódùmarè, e por insistência de Oya, Ele o "ressuscita" como uma divindade, já que em vida, Oya, perdida de amores, ensina-lhe vários segredos dos Òrìsà, principalmente o segredo do fogo que pertencia somente a Oya, que ela lhe ensina e lhe dá este poder e outros, por paixão.

Esta afirmação é facilmente notada, pois Sàngó é a única divindade do panteão que é assentada de forma material completamente diferente, isto é, em madeira, numa gamela sobre um pilão, sua roupa ritual é composta de várias tiras de panos, coloridas e soltas, caindo sobre as pernas, que lembra perfeitamente o tipo de roupa usada pelos Bàbá Egúngún (ancestrais) e seu animal preferido para sacrifício é também o mesmo dos egún, dos mortos comum, o carneiro; existe também outras minúcias, que aqui não cabe mencionar. Leia em artigos : O Culto dos Egúngún

Nos Candomblés, citam Ajaká e Aganju como sendo "qualidades" de Sàngó, que agora sabemos isto não é possível, pois, Ajaká é seu meio irmão e Aganju é filho de Dadá Ajaká, portanto seu sobrinho, notoriamente pessoas mortais e completamente distintas, que fazem parte da família de Sàngó, mas não tiveram a honra de tornarem-se Òrìsà, mas são ancestrais ilustres. Também no Brasil, faz-se uma cerimônia chamada de "Coroa de Dadá" ou "Adê Baiani". que a coroa é levada ritualmente em uma charola durante as festas do ciclo de Sàngó chamada de Banni ou lyamasse, que representa a mãe de Sàngó. Ora, sabemos que quem usou este ade foi, Ajaká, apelidado de Dadá, de quem Sàngó lhe roubou o trono, e que a mãe de Sàngó foi Torosí, filha de Elémpe, rei dos Tapa, e que ela não tem nenhuma importância teológica, somente histórica, por ter sido mãe de um Aláàfin.

Não estamos desmerecendo e nem tampouco desprestigiando o Òrìsà Sàngó, somente tentamos elucidar fatos notoriamente conhecidos na terra dos Yorubas, sob os aspectos histórico, através da tradição oral, e divino que se convergem e se conservam na grandiosidade de Sàngó.

NOTA* : Os mitos e/ou fatos relatados, são baseados em dados religiosos, por vezes dogmáticos, que pertencem ao corpo da tradição oral yorubana. Sob o ponto de vista cientifico, são considerados parcialmente históricos, pois não são dados comprovados por documentos e nem tampouco pela arqueologia, que pouco investiu, os "pouquíssimos" artefatos que foram achados e datados pelo carbono 14, são de datas recentes, perto da longínqua História da Civilização Yoruba. No contraponto, em nenhum momento afirmamos que não exista a História dos Yorubas, isto sim, seria um absurdo afirmar. A tradição oral pode ser contraditória e a cronologia praticamente inexistente, pela forma cultural dos yorubas mensurarem o tempo, mas jamais poderá ser negligenciada e nem

Aláàfin de Òyó : Oba Adéniran Adéyemi II (1945-56 deposto) ,um sucessor de Òrànmíyàn, o 1º Aláàfin de Òyó.-

O CULTO DOS EGUNS NO CANDOMBLÉ






As tradições religiosas dizem que sob a roupa está somente a energia do ancestral; outras correntes já afirmam estar sob os panos algum mariwo (iniciado no culto de Egun) sob transe mediúnico. Mas, contradizendo a lei do culto, os mariwo não podem cair em transe, de qualquer tipo que seja. Pelo sim ou pelo não, Egun está entre os vivos, e não se pode negar sua presença, energética ou mediúnica, pois as roupas ali estão e isto é Egun.

A roupa do Egun — chamada de eku na Nigéria ou opá na Bahia , ou o Egungun propriamente dito, é altamente sacra ou sacrossanta e, por dogma, nenhum humano pode tocá-la. Todos os mariwo usam o ixan para controlar a "morte", ali representada pelos Eguns. Eles e a assistência não devem tocar-se, pois, como é dito nas falas populares dessas comunidades, a pessoa que for tocada por Egun se tornará um assombrado", e o perigo a rondará. Ela então deverá passar por vários ritos de purificação para afastar os perigos de doença ou, talvez, a própria morte.

Ora, o Egun é a materialização da morte sob as tiras de pano, e o contato, ainda que um simples esbarrão nessas tiras, é prejudicial. E mesmo os mais qualificados sacerdotes — como os Ojé atokun, que invocam, guiam e zelam por um ou mais Eguns — desempenham todas essas atribuições substituindo as mãos pelo ixan.

Os Egun-Agbá (ancião), também chamados de Babá-Egun (pai), são Eguns que já tiveram os seus ritos completos e permitem, por isso, que suas roupas sejam mais completas e suas vozes sejam liberadas para que eles possam conversar com os vivos. Os Apaaraká são Eguns ,ainda mudos e suas roupas são as mais simples: não têm tiras e parecem um quadro de pano com duas telas, uma na frente e outra atrás. Esses Eguns ainda estão em processo de elaboração para alcançar o status de Babá; são traquinos e imprevisíveis, assustam e causam terror ao povo.

O eku dos Babá são divididos em três partes: o abalá, que é uma armação quadrada ou redonda, como se fosse um chapéu que cobre totalmente a extremidade superior do Babá, e da qual caem várias tiras de pano coloridas, formando uma espécie de largas franjas ao seu redor; o kafô, uma túnica de mangas que acabam em luvas, e pernas que acabam igualmente em sapatos, do qual ,também caem muitas tiras de pano da altura do tórax ; e o banté, que é uma larga tira de pano especial presa ao kafô e individualmente decorada e que identifica o Babá.

O banté, que foi previamente preparado e impregnado de axé (força, poder, energia transmissível e acumulável), é usado pelo Babá quando está falando e abençoando os fiéis. Ele o sacode na direção da pessoa e esta faz gestos com as mãos que simulam o ato de pegar algo, no caso o axé, e incorporá-lo. Ao contrário do toque na roupa, este ato é altamente benéfico. Na Nigéria, os Agbá-Egun portam o mesmo tipo de roupa, mas com alguns apetrechos adicionais: uns usam sobre o alabá máscaras esculpidas em madeira chamadas de erê egungun ; outros, entre os alabá e o kafó, usam peles de animais; alguns Babá carregam na mão o opá iku e, às vezes, o ixan. Nestes casos, a ira dos Babás é representada por esses instrumentos litúrgicos.

Existem várias qualificações de Egun, como Babá e Apaaraká, conforme seus ritos, e entre os Agbá, conforme suas roupas, paramentos e maneira de se comportarem. As classificações, em verdade, são extensas.

Nas festas de Egungun, em Itaparica, o salão público não tem janelas, e, logo após os fiéis entrarem, a porta principal é fechada e somente aberta no final da cerimônia, quando o dia já está clareando. Os Eguns entram no salão através de uma porta secundária e exclusiva, único local de união com o mundo externo.

Os ancestrais são invocados e eles rondam os espaços físicos do terreiro. Vários amuixan (iniciados que portam o ixan) funcionam como guardas espalhados pelo terreiro e nos seus limites, para evitar que alguns Babá ou os perigosos Apaaraká que escapem aos olhos atentos dos Ojé saiam do espaço delimitado e invadam as redondezas não protegidas.

Os Eguns são invocados numa outra construção sacra, perto mas separada do grande salão, chamada de ilê awo (casa do segredo), na Bahia, e igbo igbalé (bosque da floresta), na Nigéria. O ilê awo é dividido em uma ante-sala, onde somente os Ojé podem entrar, e o lêsànyin ou balé, onde só os Ojé agbá entram (veja o anexo : Oiê masculinos).

Balé é o local onde estão os idi-egungun, os assentamentos - estes são elementos litúrgicos que, associados, individualizam e identificam o Egun ali cultuado -, e o ojubô-babá, que é um buraco feito diretamente na terra, rodeado por vários ixan, os quais, de pé, delimitam o local.

Nos ojubô são colocadas oferendas de alimentos e sacrifícios de animais para o Egun a ser cultuado ou invocado. No ilê awo também está o assentamento da divindade Oyá na qualidade de Igbalé, ou seja, Oyá Igbalé - a única divindade feminina venerada e cultuada, simultaneamente, pelos adeptos e pelos próprios Eguns (veja mitos de Oyá e Egun).

No balé os Ojé atokun vão invocar o Egun escolhido diretamente no seu assentamento, e é neste local que o awo (segredo) - o poder e o axé de Egun — nasce através do conjunto Ojé-ixan / idi-ojubô. A roupa é preenchida e Egun se torna visível aos olhos humanos.

O espaço físico do salão é dividido entre sacro e profano. O sacro é a parte onde estão os tambores e seus alabês e várias cadeiras especiais previamente preparadas e escolhidas, nas quais os Eguns, após dançarem e cantarem, descansam por alguns momentos na companhia de outros, sentados ou andando, mas sempre unidos, o maior tempo possível, com sua comunidade. Este é o objetivo principal do culto: unir os vivos com os mortos.

Nesta parte sacra, mulheres não podem entrar nem tocar nas cadeiras, pois o culto é totalmente restrito aos homens. Mas existem raras e privilegiadas mulheres que são exceção, como se fossem a própria Oyá; elas são geralmente iniciadas no culto dos Orixás e possuem simultaneamente oiê (posto e cargo hierárquico) no culto de Egun — estas posições de grande relevância causam inveja à comunidade feminina de fiéis. São estas mulheres que zelam pelo culto, fora dos mistérios, confeccionando as roupas, mantendo a ordem no salão, respondendo a todos os cânticos ou puxando alguns especiais, que somente elas têm o direito de cantar para os Babá. Antes de iniciar os rituais para Egun, elas fazem uma roda para dançar e cantar em louvor aos Orixás; após esta saudação elas permanecem sentadas junto com as outras mulheres. Elas funcionam como elo de ligação entre os atokun e os Eguns ao transmitir suas mensagens aos fiéis. Elas conhecem todos os Babá, seu jeito e suas manias, e sabem como agradá-los (veja o anexo : Oiê femininos).

Este espaço sagrado é o mundo do Egun nos momentos de encontro com seus descendentes. A assistência está separada deste mundo pelos ixan que os amuixan colocam estrategicamente no chão, fazendo assim uma divisão simbólica e ritual dos espaços, separando a "morte" da "vida". É através do ixan que se evita o contato com o Egun: ele respeita totalmente o preceito, é o instrumento que o invoca e o controla. As vezes, os mariwo são obrigados a segurar o Egun com o ixan no seu peito, tal é a volúpia e a tendência natural de ele tentar ir ao encontro dos vivos, sendo preciso, vez ou outra, o próprio atokun ter de intervir rápida e rispidamente, pois é o Ojé que por ele zela e o invoca, pelo qual ele tem grande respeito.

O espaço profano é dividido em dois lados: à esquerda ficam mulheres e crianças e à direita, os homens. Após Babá entrar no salão, ele começa a cantar seus cânticos preferidos, porque cada Egun em vida pertencia a um determinado Orixá. Como diz a religião, toda pessoa tem seu próprio Orixá e esta característica é mantida pelo Egun. Por exemplo: se alguém em vida pertencia a Xangô, quando morto e vindo como Egun, ele terá em suas vestes as características de Xangô, puxando pelas cores vermelha e branca. Portará um oxê (machado de lâmina dupla), que é sua insígnia; pedirá aos alabês que toquem o alujá, que também é o ritmo preferido de Xangô, e dançará ao som dos tambores e das palmas entusiastas e excitantemente marcadas pelos oiê femininos, que também responderão aos cânticos e exigirão a mesma animação das outras pessoas ali presentes.

Babá também dançará e cantará suas próprias músicas, após ter louvado a todos e ser bastante reverenciado. Ele conversará com os fiéis, falará em um possível iorubá arcaico e seu atokun funcionara como tradutor. Babá-Egun começará perguntando pelos seus fiéis mais freqüentes, principalmente pelos oiê femininos; depois, pelos outros e finalmente será apresentado às pessoas que ali chegaram pela primeira vez. Babá estará orientando, abençoando e punindo, se necessário, fazendo o papel de um verdadeiro pai, presente entre seus descendentes para aconselhá-los e protegê-los, mantendo assim a moral e a disciplina comum às suas comunidades, funcionando como verdadeiro mediador dos costumes e das tradições religiosas e laicas.

Finalizando a conversa com os fiéis e já tendo visto seus filhos, Babá-Egun parte, a festa termina e a porta principal é aberta: o dia já amanheceu. Babá partiu, mas continuará protegendo e abençoando os que foram vê-lo.

Esta é uma breve descrição de Egungun, de uma festa e de sua sociedade, não detalhada, mas o suficiente para um primeiro e simples contato com este importante lado da religião. E também para se compreender a morte e a vida através das ancestralidade cultuadas nessas comunidades de Itaparica, como um reflexo da sobrevivência direta, cultural e religiosa dos iorubanos da Nigéria.

LENDAS E MITOS IORUBÁS


Os textos litúrgicos aqui apresentados fazem parte do jogo de Ifá, no qual. seu senhor e oráculo, a divindade Orunmilá, nos ensina mitos e tradições que foram mantidos através do próprio jogo. Esses conhecimentos, transmitidos a todos oralmente, hoje se tornaram verdadeiras escrituras sagradas (1).

Através deles entendemos o porquê de certos ritos e preceitos usados e conservados no dia-a-dia dos cultos. Vários textos explicam o mesmo fato ou se complementam, e às vezes de forma diferente e aparentemente contraditória; mas isto é reflexo de se terem originado em diferentes regiões. De uma forma ou de outra, porém, chegam aos mesmos fundamentais conceitos religiosos.

(1) Atualmente, vários pesquisadores já registraram em livros as lendas colhidas oralmente entre os iniciados.

- Os mortos do sexo feminino são chamados de Ìyámi Agba (minha mãe anciã) e cultuado como uma energia ancestral coletiva, representada por Ìyámi Oxorongá. -

ORIGENS

"De quatro em quatro dias (uma semana iorubana), Iku (a Morte) vinha à cidade de Ilê-Ifé munida de um cajado (opá iku) e matava indiscriminadamente as pessoas. Nem mesmo os Orixás podiam com Iku.

"Um cidadão chamado Ameiyegun prometeu salvar as pessoas. Para tal, confeccionou uma roupa feita com várias tiras de pano, em diversas cores, que escondia todas as partes do seu corpo, inclusive a própria cabeça, e fez sacrifícios apropriados. No dia em que a Morte apareceu, ele e seus familiares vestiram as tais roupas e se esconderam no mercado.

"Quando a Morte chegou, eles apareceram pulando, correndo e gritando com vozes inumanas, e ela, apavorada, fugiu deixando cair seu cajado. Desde então a Morte deixou de atacar os habitantes de Ifé.

"Os babalawos (adivinhos e sacerdotes de Orunmilá) disseram a Ameiyegun que ele e seus familiares deveriam adorar e cultuar os mortos por todas as suas gerações, lembrando como eles venceram a Morte."

Egun é a terminação do nome de Ameiyegun, e é como hoje são conhecidos os ancestrais do seu clã (Egun ou Egungun). É a vitória da vida pós-morte: como no mito em que a vida venceu a morte, da mesma forma os Eguns se apresentam, hoje, cobertos de panos e portando um cajado.

ORIGEM DOS OIÊ MASCULINOS

"Havia na cidade do Oyó um fazendeiro chamado Alapini, que tinha três filhos chamados Ojéwuni, Ojésamni e Ojérinlo. Um dia Alapini foi viajar e deixou recomendações aos filhos para que colhessem os inhames e os armazenassem, mas que não comessem um tipo especial de inhame chamado ‘ihobia’, pois ele deixava as pessoas com uma terrível sede. Seus filhos ignoraram o aviso e o comeram em demasia. Depois, beberam muita água e, um a um, acabaram todos morrendo.

"Quando Alapini retornou, encontrou a desgraça em sua casa. Desesperado, correu ao babalawô, que jogou Ifá para ele. O sacerdote disse que ele se acalmasse, e que após o l7º dia fosse ao ribeirão do bosque e executasse o ritual que foi prescrito no jogo. Ele deveria escolher um galho da árvore sagrada atori e fazer um bastão (assim é feito o ixan). Na margem do ribeirão, deveria bater com o bastão na terra e chamar pelos nomes dos seus filhos, que na terceira vez eles apareceriam. Mas ele também não poderia esquecer de antes fazer certos sacrifícios e oferendas.

"Assim ele o fez; seus filhos apareceram. Mas eles tinham rostos e corpos estranhos; era então preciso cobri-los para que as pessoas pudessem vê-los sem se assustarem. Pediu que seus filhos ficassem na floresta e voltou à cidade. Contou o fato ao povo, e as pessoas fizeram roupas para ele vestir seus filhos.

"Deste dia em diante ele poderia ver e mostrar seus filhos a outras pessoas; as belas roupas que eles ganharam escondiam perfeitamente sua condição de mortos. Alapini e seus filhos fizeram um pacto: em um buraco feito na terra pelo seu pai (ojubô), no mesmo local do primeiro encontro (igbo igbalé), ali seriam feitas as oferendas e os sacrifícios e guardadas as roupas, para que eles as vestissem quando o pai os chamasse através do ritual do bastão.

"Seguindo o pacto e as instruções do babalawo, de que sempre que os filhos morressem fosse realizado o ritual após o l7º dia, pais e filhos para sempre se encontraram. E, para os filhos que ainda não tiverem roupas, é só pedir às pessoas que elas as farão com imenso prazer.

Esta lenda, rica em detalhes, nos explica vários ritos e títulos utilizados no culto.

MITOS de OYÁ E EGUN

"Oyá não podia ter filhos, e foi consultar o babalawo. Este lhe disse, então, que, se fizesse sacrifícios, ela os teria. Um dos motivos de não os ter ainda era porque ela não respeitava o seu tabu alimentar (eewó) que proibia comer carne de carneiro. O sacrifício seria de 18.000 mil búzios (o pagamento), muitos panos coloridos e carne de carneiro. Com a carne ele preparou um remédio para que ela o comesse; e nunca mais ela deveria comer desta carne. quanto aos panos, deveriam ser entregues como oferenda.

"Ela assim fez e, tempos depois, deu à luz nove filhos (número mítico de Oyá). Daí em diante ela também passou a ser conhecida pelo nome de ‘Iyá omo mésan’, que quer dizer ‘a mãe de nove filhos’ e que se aglutina Iyansan.

Há outra lenda para explicar o mito de Iyansã : "Em certa época, as mulheres eram relegadas a um segundo plano em suas relações com os homens. Então elas resolveram punir seus maridos, mas sem nenhum critério ou limite, abusando desta decisão, humilhando-os em demasia.

"Oyá era a líder das mulheres, e elas se reuniram na floresta. Oyá havia domado e treinado um macaco marrom chamado ijimeré (na Nigéria). Utilizara para isso um galho de atori (ixan) e o vestia com uma roupa feita com várias tiras de pano coloridas, de modo que ninguém via o macaco sob os panos.

"Seguindo um ritual, conforme Oyá brandia o ixan no solo o macaco pulava de uma árvore e aparecia de forma alucinante, movimentando-se como fora treinado a fazer. Deste modo, durante a noite, quando os homens por lá passavam, as mulheres (que estavam escondidas) faziam o macaco aparecer e eles fugiam totalmente apavorados.

"Cansados de tanta humilhação, os homens foram ver o babalawo para tentar descobrir o que estava acontecendo. Através do jogo de Ifá, e para punir as mulheres, o babalawo lhes conta a verdade. Ele os ensina como vencer as mulheres através de sacrifícios e astúcia.

"Ogun foi o encarregado da missão. Ele chegou ao local das aparições antes das mulheres. Vestiu-se com vários panos, ficando totalmente encoberto, e se escondeu. quando as mulheres chegaram, ele apareceu subitamente, correndo, berrando e brandindo sua espada pelos ares. Todas fugiram apavoradas, inclusive Oyá."

Desde então os homens dominaram as mulheres e as expulsaram para sempre do culto de Egun; hoje, eles são os únicos a invocá-lo e cultuá-lo. Mas, mesmo assim, eles rendem homenagem a Oyá, na qualidade de Igbalé, como criadora do culto de Egun.

Convém notar que, no culto, Egun nasce no bosque da floresta (igbo igbalé). No Brasil, no ilê awo, ele nasce no quarto de balé, onde são colocadas oferendas de comidas e realizadas cerimônias aos Eguns.Oyá é também cultuada como mãe e rainha de Egun, como Oyá Igbalé.

E, como nos explica a lenda, Oyá, a floresta e o macaco estão intimamente ligados ao culto, inclusive em relação à voz do macaco como é o modo de o Egun falar.

ODU TORNA-SE ÌYÁMI

"Nos primórdios da criação, Olodumaré, o Ser Supremo que vive no orun, mandou vir ao aiyé (universo conhecido) três divindades: Ogun (senhor do fèrro), Obarixá (senhor da criação dos homens) (2) e Odu, a única mulher entre eles. Todos eles tinham poderes, menos ela, que se queixou então a Olodumarê. Este lhe outorgou o poder do pássaro contido numa cabaça (igbá eleiye) e ela se tornou então, através do poder emanado de Olodumarê, Ìyáwon, nossa mãe para eternidade (também chamada de Iyami Oxoronga, minha mãe Oxorongá). Mas Olodumarê a preveniu de que deveria usar este grande poder com cautela, sob pena de ele mesmo repreendê-la.

"Mas ela abusou do poder do pássaro. Preocupado e humilhado, Obarixá foi até Orunmilá fazer o jogo de Ifá, e ele o ensinou como conquistar, apaziguar e vencer Odu, através de sacrifícios, oferendas e astúcia.



"Obarixá e Odu foram viver juntos. Ele então lhe revelou seus segredos e, após algum tempo, ela lhe contou os seus, inclusive que adorava Egun. Mostrou-lhe a roupa de Egun, o qual não tinha corpo, rosto nem tampouco falava. Juntos eles adoraram Egun.

"Aproveitando um dia quando Odu saiu de casa, ele modificou e vestiu a roupa de Egun. Com um bastão na mão, Obarixá foi à cidade (o fato de Egun carregar um bastão revela toda a sua ira) e falou com todas as pessoas. quando Odu viu Egun andando e falando, percebeu que foi Obarixá quem tornou isto possível. Ela reverenciou e prestou homenagem a Egun e a Obarixá, conformando-se com a supremacia dos homens e aceitando para si a derrota. Ela mandou então seu poderoso pássaro pousar em Egun, e lhe outorgou o poder: tudo o que Egun disser acontecerá. Odu retirou-se para sempre do culto de Egungun."

O conjunto homem-mulher dá vida a Egun (a ancestralidade), mas restringe seu culto aos homens, os quais, todavia, prestam homenagem às mulheres, castigadas por Olodumarê através dos abusos de Odu. Também por esta razão é que as mulheres mortas são cultuadas coletivamente, e somente os homens têm direito à individualidade, através do culto a Egun.
(2) Um dos Orixás funfun, isto é, Orixás que têm como principal preceito o uso do branco nos ritos e nas oferendas; em algumas regiões ; Obarixá é adotado como um cognome de Oxalá.

OIÊS

Quadro dos Oiês

- Cargos e Postos dos Oiês -MASCULINOS / FEMININO

Màrìwò

Alapini - chefe dos Alabás

Alabás - chefe de um Terreiro

Atokun - guia de Egun

Ojé Agbá - Ojé ancião

Ojé - iniciado com ritos completos

Amuixan - iniciado com ritos incompletos

Màrìwò - qualquer iniciado

Alabê - tocador de atabaque

Alguns Oiês dos Ojé Agbá

Baxorun

Ojé Ladê

Exorun

Faboun

Ojé Labi

Alará

Ojénira

Akere

Ogogo

Olopondá
Ató

FEMININO

Ìyálode - responde pelo grupo feminino perante aos homens.

Ìyá Egbé - cabeça de todas as mulheres

Ìyá Mondè - comanda as atos e fala com os Babá.

Ìyá Erelu - cabeça das cantadoras

Erelu - cantadora

Ìyá Agan - recruta e ensina as ató

Ató - adoradora de Egungun

Outros Oiês

Ìyále Alabá

Ìyá Kekere

Ìyá Monyoyó

Ìyá Elemaxô

Ìyá Moro

Alguns Oiês ,tanto masculinos como femininos, possuem Otun e Osi,ou seja ,pessoas que os auxiliam no seu cargo : sua mão direita ou esquerda ,portanto são também Oiês.

os ancestral

O ancestral individualizado, o Egungun, está de novo "vivo". -

Os negros iorubanos, originarios da Nigéria,

trouxeram para o Brasil o culto dos seus ancestrais,

chamados Eguns ou Egunguns.

Em ltaparica (BA), duas sociedades perpetuam essa

tradição religiosa.

INTRODUÇÃO

Os cultos de origem africana chegaram ao Brasil juntamente com os escravos. Os iorubanos — um dos grupos étnicos da Nigéria, resultado de vários agrupamentos tribais, tais como Ketu, Oyó, Ijexá, Ifan e Ifé, de forte tradição, principalmente religiosa — nos enriqueceram com o culto de divindades denominadas genericamente de Orixás (1)

Esses negros iorubanos não apenas adoram e cultuam suas divindades, mas também seus ancestrais, principalmente os masculinos. A morte não é o ponto final da vida para o iorubano, pois ele acredita na reencarnação (àtúnwa), ou seja, a pessoa renasce no mesmo seio familiar ao qual pertencia; ela revive em um dos seus descendentes. A reencarnação acontece para ambos os sexos; é um fato terrível e angustiante para eles não reencarnar.
ass. por / angelo tí ya omo ejá

sábado, 26 de abril de 2008

O MAIS NOVO BLOG DE BELEZA DA INTERNET

O BLOG DE BELEZA FEITO POR VOCÊ. AQUI VOCÊ TEM MUITAS NOVIDADES DE BELEZA.

E ESTETICA, O BLOG É www.amicicoiffeur.blogspot.com vai participa ai tá

quinta-feira, 24 de abril de 2008


quarta-feira, 23 de abril de 2008

quinta-feira, 17 de abril de 2008

"NI ÒRÚNMILÁ BÁ TI ÀSÉ ÈSÚ BONU"

ORIN ÒRÌ Bí o bá máá lówó Se você quer ter dinheiro Bèèrè si òrì rè Pergunte a seu òrì Bí o bá máá sòwò Se você quer ser reconhecido Bèèrè si oríí rè wò Pergunte antes a seu orí Bí o bá máá Kolé Se você quer ter casa Bèère si oríí rè Pergunte ao seu orí Bí o bá máá láya o Se você quer ter esposa Bèère si oríí rè wò Perguntes antes ao seu orí Oríí máse pekun de Orí, não me feche as portas L’ódò rè ni mo mbó Para você que eu sigo (eu vou) Wá, sayáè mi di rere Venha, faça meu caminho ser bom (próspero)

ORIN ÒRÌ Òrì mi ò sérere fun mi Meu orí faça o bem para mim Òrì mi ò sérere fun mi Meu orí faça o bem para mim Òrì oka ni sanu oka Òrì ejo ni sanu ejo A cabeça da serpente não a maltrata Afo mope ni sanu ope A trepadeira da palmeira não a maltrata (parasita) Òrì mi ò sérere fun mi Meu orí faça o bem para mim Ou seja: "Aquilo que nós fazemos, é em nosso próprio benefício. Aqueles que fazem o mal se arrependam. Que as pessoas aproveitem o conhecimento em função de coisas boas. Aqueles que parasitam, não destruam a fonte da sabedoria."

IJUBA ÒRÌ O se, o se o, o se o Eu agradeço, agradeço, agradeço Osè baba wa Por existires Pai (em mim) O se, o se o, o se o Eu agradeço, agradeço, agradeço Osè baba wa Por existires Pai em mim
IJUBÁ IFÁ - Rezar todas as vezes que for necessário consultar Ifá, para não ter interferências negativas OLOJO ONI MO JÚBÁ RE OLUDAIYE MO JÚBÁ RE MO JÚBÁ OMODE MO JÚBÁ AGBA BI EKÒLÓ BA JÚBÁ ÍLÈ ILÉ A LÀNU KÍ IBA MI SE MO JÚBÁ ÀWON ÀGBÀ MÉRÌNDÍLÓGUN MO JÚBÁ BABA MI MO TUN JÚBÁ AWON ÌYÁ MI MO JÚBÁ ÒRÚNMÌLÁ OGBAIYE GBÓRUN OHÙN TI MO NA WI LOJO ONI KORI BÉÉ FUN MI JOWO MÁ JE KÌÍ DÍ MO ÒNÀ KÌÍ DÍ MO OHUN TI A BA TI WI FUN OGBA L’OGBA NGBA TI ÌLÁKÒSÉ NI SÉ LÁWUJÓ IGBIN TI EKESE NI NSE LAWUJÓ ÒWÚ OLOJO ONÍ KOGBA ÒRÒ MI YÈWÒ YÈWÒ ASÉ ASÉ ASÉ
TRADUÇÃO Oh! Senhor do dia de hoje, sua benção O criador da Terra, sua benção Sua benção crianças, sua benção os mais velhos Se a minhoca pede alimento à Terra, esta concederá Que assim meu pedido seja concedido, Peço permissão aos anciões 16 Odu Que meu pedido seja atendido Sua benção meu pai Ainda peço permissão a minha mãe Sua benção Òrunmilá Que vive no Céu e na Terra Que o que eu disser hoje Assim seja para mim Por favor não permita que meu caminho seja fechado Porque o caminho nunca é fechado para magia Qualquer coisa que eu disser para Ogba, ele aceitará O que Ilakose diz é a última palavra Assim como Ekesee é o último da família do caramujo O senhor do dia de hoje Aceite minha palavra e verifique-a.
Saudação para abertura do jogo, pelo sistema IFÁ IFÁ OGBO IFÁ OUÇA OMÓ ENIRE OMÓ ENIRE FILHO DE ENIRE, FILHO DE ENIRE OMÓ EJÓ MEJI FILHO DE DUAS COBRAS TÍÍ SARE GRANRAN GANRAN LORÍ EREWE AQUELE QUE CORREU RAPIDAMENTE SOBRE AS FOLHAS AKERE FINU SOGBON O PEQUENO QUE ESTÁ CHEIO DE SABEDORIA AKONOLIRAN BI IYE KAN ENI AQUELE QUE SOLIDARIZA CONOSCO IBÁ AKODA COMO SE FOSSE DE NOSSA PRÓPRIA FAMÍLIA IBÁ ASEDA SUA BENÇÃO, PRIMEIRO SER CRIADOR NA TERRA OLOJO ONI IBÁ A RÉ O SUA BENÇÃO, CRIADOR DO DIA DE HOJE ASÉ ASÉ ASÉ
PARA SER REZADA A TERMINO DO JOGO, COM O OBJETIVO DE PASSAR A RESPONSABILIDADE AO CLIENTE, QUANDO ESTE RESOLVE NÃO TOMAR CONHECIMENTO DO LHE FOI DITO. ORUKO AWON / ORISÍ IFÁ MIRAN TOUÁ NIKE YORUBA TI O IÁ TO SI ÒRÚNMÌLÁ MI ABIBÁ / OOBI UNLE OLOKUN OLOKUN AWO UO MIPE Obs.: acostumar-se a rezar após a saudação de abertura, antes de iniciar o jogo, pois com certeza, não terá esquecimento ao terminar, pois é muito comum acontecer de esquecer. Passe imediatamente a responsabilidade.
ORIKI AJILOGBE - É para cumprimentar, saudar e comunicar ao ODÚ OGBE, tudo que se fará por IFÁ a ÒRÚNMÌLÁ, e para que todos os oferecimentos sejam aceitos e se consiga êxito em tudo. ESINSIN LO UNPOJU SE IDÉ OTÁ LO BEJO LATÃNÃ OWO SE IDÍ WEREKE OWO SE IDÍ WEREKE LODIFÁ FUN LADE OYRIJÚ LA DE OYRIJÚ LO NSE AYA, EJI OGBE NIJO TE WON UM ENÚ IMO TI NUON JENÚ ÓDO SORO RÉ WON NÍ KO RUBO IJÓ NA NÍ NIOUN BERE SI FENU IMO WI TIRE ATI EWE, ATE AGBA KI Í FÍ ENU IYE WI TEMI ATEWE, ATAGBÁ (BIS) Saudação para despedir a fase negativa do ODÚ, que deverá feita na entrega do ebó, no devido local. 1 - ÒSÉTURA WAGBA TETE ODABO 1 2 - OGUN DABE WAGBA TETE ODABO 3 - WORUN OPIN WAGBA TETE ODABO 4 - WORUN SOBE GBA WAGBA TETE ODABO 5 - OKONRAN OSA KEKI WAGBA TETE ODABO 6 - OTUN ORIKO WAGBA TETE ODABO 7 - OTURUPON OKONRAN WAGBA TETE ODABO 8 - EJIOGBE WAGBA TETE ODABO 9 - OKONRAN ÒYÈKÚ WAGBA TETE ODABO 10 - * ----------- WAGBA TETE ODABO (* Nome do ODÚ que se entrega ebó).
ORIKI ESÚ ÈSÚ OTA ORÌSÁ OSETÙRÁ L’ ORUKO BABA MO O ALAGOGO IJA L’ORUKO ÌYA NPEE ÈSÚ ODARA OMÓ KUNRIN IDOLOFIN OLE SONSO SORI ESSE ELESE KOJE KOSI JEKI ENI NJE GBE MI AKÍÍ LOWO LAI MUTI ÈSÚ KURO AKÍÍ LAIYO LAI MUTI ÈSÚ KURO ASOTUN SOSI LAI NI ITIJÚ ÈSÚ APATA OLOMO LENU AI OKUTÁ DIPO IYÓ ALAGEMOO ORUN A NLA KALU PAPA WARA ATUKA MASESA ÈSÚ MASEMI OMÓ ELOMIRAN NI KOSE ÒFÓ ÈSÚ (INVOCAÇÃO) ALAKEGUN KI RINGUN IERI OJINLE AERE KI RAIE MOKUNTELE ARINJINA KI ROJU RO MO RE TOLÉ JE KARONÃ KARONÃ GBE TIUA GBO JE KARONÃ KARONÃ SORO ARA UA JE KARONÃ KARONÃ GBO TAIE TARA UA ORUK IFÁ O LAPE ORUKO IFÁ O LAPE MO GBAIE PEFA E GBA MIO EGBA MILA AIE TOTO O E DARIJU MIO EIN MOPE KASORIKI IFÁ KASORIKI ESÚ ESÚ BURUKU O, ESÚ OONA ESÚ ABENUGAN, ESÚ ORITA ORUKO GBOGBO IN MI MOPE LA PEPO EJE OIE MI O L’ ORUKO IYA MI OSORONGA ATOJE NUA TOKAN JE DO EJE OIE MI KALE O
ORIKI OGUN OGUN LAKAIYE OSIN IMOLE OGUN, SENHOR DO MUNDO TRABALHA BRILHANTEMENTE OGUN ALADA MEJI OGUN DE DUAS ESPADAS OFI OKAN SANKO ELE USA UMA FOICE OFI OKAN YENA ELE USA UM ANCINHO OJO OGUN NTI ORI OKEBO UM DIA OGUN DESCENDO DO MORRO ASO INÃ LO UM BORA ELE SE ENROLOU NUMA ROUPA DE FOGO EWU EJE L’OWO E NUMA ROUPA DE SANGUE OGUN ONILE OWO OLO NA OLA OGUN É O DONO DA CASA, DO DINHEIRO, DA ESTRADA OGUN ONILE KONGUN KONGUN ORUN OGUN É O DONO DE MUITAS COISAS NO CÉU OPON ONI SILE FI EJE WE ELE TEM EM ÁGUA EM CASA, MAS PREFERE TOMAR BANHO DE SANGUE OGUN AWO LE YINJU OGUN GOSTA DE MULHERES BONITAS EGBE LEHIN OMÓ KAN ELE SOME COM AS PESSOAS QUE NÃO O RESPEITAM OGUN MEJE LOGUN MI OGUN SE DIVIDE EM SETE, MEU OGUN SÃO SETE
ORIKI OSOSI (Dahomé - Oriki Savé) ODE ONIJA SESE LEHIN ASO EE KO PO DE OJU TI O RI EGBIN KO FO OJO PO IYÁ MA BI A KEERE TO GBON SINON ODE KO TO KU AGBANLI O SI IDI BATA LEERI EBE ODE NWO MI ERU NBA MI
IJÁLÁ ODE IJÁLÁ WU MI NE O SUN IJÁLÁ NI T’EMI ODE L’O BI MI D’ AGBA IJÁLÁ WU MI NGE O SUN IJÁLÁ NI TEMI ENI BI NI L’ENI IJO EWURE KO NI SI MO RÉ KO R’ODO AGUNTAN
ORIKI SOPONA (Oriki Ketu) ENIKENI AWA PE LI AGBA BABANIJE ALAJOGUN IYALAYEWU AJOGUN APAKE AWA KO FO ENI KI OMÓ PA ENI JE ROJU NLO NI ELE MIRAN IRAWE OJU OMI WELE NI SE WELE OKOYIKO O GBA ODE ELERAN KI MO UM ERAN ARIKO OJE KI NRO KO AGEGE IDE KI KO OPE AWON TI OBU OKO ENI LI ONA OKO AWA RU OKU E DE BOLI IPO KOSI ENU KO SUN SAKA SIKI GBA OJU ONA ONI WOWO WDO GBA OMÓ LI OGUN DANU
ORIKI OSUMARE (KETU) OSUMARE A GBE ÒRÚN LI APA IRA ILE LIBI JIN OJO O PON IYUN PON NANA OFI ORO KAN IDAN WO LUKU WO O SE LI OJU OBA NE OLOWO LI AWA RE SE MESI EKO AFAYA BABA NWA LI ODE KI AWA GBA KI AWA TO A PUPO BI ÒRÚN OLOBI AWA JE KAN YO O DE IGBO ELU KO LI EGUN OKO IJOKU DUDU OJU E A FI WO RAN
ORIKI SANGO (OYÓ) BÍ ETU BÁ WO ILE JEJENE NI UM EWURE BI SANGO BA WO ILE JEJENE NI UM ÒSÁ GBOGBO A RI RU ALA ONINANSO GANGAN NIILE NI IGBO SORO IBOSI A JI KÚN ÒSÚN BI OGE ENIRU OKO LAMU TATA OGBE ILE SURU GBE OMÓ SI OKO IBEJI AJA ON POLOWO AWO ORA SERA WA LOWO OLUDUMARE O KO EYI OLO ORO BAWA KURUKURU AJNAKU BO OKE MOLE
ORIKI OYÁ (OYÓ) ÌYÁ OJISÉ OBIRIN SANGO ASEPERI O DOGA UM WON LI ÒRÚN OBIRIN SANGO IYA OJISÉ TI OYA NI EMI IYO SE GBE OMÓ OLOMÓ BI GBORO A FI AKARABA JÁ BI IDAHOME IRO NI IDAHOME NPE WON KO NI AKARABA OYA N’ILE ADELEYE ÒRÚN WARA BI INA JO OKO BOMIBARA ÒRISÁ TI GBO EGBE RÉ MO ILE PON MI KI O MA SO MI PON MA SO MI KI NRIN LI ÒRÚN WARA BI INÁ JO OKO GBERE OBIRIN SANGO NI YIO WA PON OMÓ ALUSI NI ODODO O PON OMÓ ALUSI TAN O KO O RI RÉ SI ILE OYÁ NI O TO IWO WFON GBÉ
ORIKI YEMOJA (IBADAN) OMÓ FE SE EGBÉ WO YEMOJÁ ÌYA MI AWOYO MA JE LI EWU ÌYA OMINIHUN OMÓ GBOGBO NIT OLODE A O BO OMÓ RÉ BI O NI JO LE JO ONI YEMOJA OGUN ÌYÁ KE OLODO ÌYA KI O FI ORI MI BO MI OJARE
ORIKI OSAYIN IBÁ AKODA TI NDA TIRE LORI EREWE IBÁ ASEDA TI NTE TIRE NILE PEPE IBÁ OSANYIN OLOJA EBORA EWE E GBODO SUN NIGBO EWE E GBODO SUN L’ODAN PELEBE NI T’EWE EWE EE SUN L’ OKO EWE EE SUN NIJÚ EWE PELEBE ELEWE OMÓ E JIRE O OJISÉ ORISA JIRE OLOJA EBORA JIRE OMÓ OLOSANYIN JIRE ASÉ ASÉ ASÉ
ORIKI NANÃ BURUKU (ORIKI ABEOKUTA) SESE IBÁ O IBA IYE NI MO JE NI KI JE TI ARUN EMI WA FORIBALE FUN SESE OLUIDU PE O PAPA ELE ADIE KO TUKA YEYE MI NI BARIBA LI AKOKO EMI A KO NI ALA MO LE GBE AGADA EMI A WA KI ONILE KI ILE BA ILE GBE MI NIKAN BABA MI A JI MO NI JE EJA WA NI JE EJA KE APEJA BABA MI ORUKU O BANU BURUKU MU AWA OMÓ ASIROGUJO OMO OLUSE GBE OLUSEGBE NIKAN ARA EPE O EPE OSULE O ASIGORO AMÓ OLOKA
ORIKI ÒRÍ
OJU ÒRÍ IKOKO ÒRÍ OPA OTUN OPA OSI ORÍ PÉLÉ ORÍ PÉLÉ PELÉ ÒRÍ O ÒRÍ PÉLÉ ATETE MIRAN ATETE BENIN KOOSA KOOSA TI DANI KIBÉ LEENIN ÒRÍ ENI ÒRÍ PÉLÉ ÒRÍ ABIENIN ÒRÍ BA KI BO BÓ KÓYO SESE ÒRÍ O
ORIKI EGUNGUN
A JE OLELE MA LE E SARE A JE MOINMOIN SE S’ASO AGUNGUN ARA OKO ODUN PE AWO ELEJIO OSU OMO ARINNAKO AJODUN WA RO DE AW AROSINKO ODUN L’A R’ATA ODUN L’A ROBI ODUN WA DI PEREGUN ODUN NI PEREGUN YE AJODUN WA RO DE AWO AROSINKO EGUNGUN OJE YA WA J’IYO WA J’EPO ADUDAMADA BI ENI P’ORI O YO FUN SARA RE LO YIN YAAGBO YAAJU BI OSUN IWERU AGBALAGBA YA WA J’ IYO WA J’EPO ODUN WA DA PEREGUN ODUN NI PEREGUN YE ERIN SESE TI KOWEE E DUN OLOBI MA JE NBI KO WU MI O OLOBI MA JE NBI KO WU MI OMO BII PLUMOKO O OLOBI MA JE NBI KO WU MI
ORIKI IBEIJI ÈJÍRÉ ÒKÍN ÈJÍRÉ NBA BI NBA JÓ, JÓ, JÓ ÈJÍRÉ NBA BI NBA YÓ, YÓ, YÓ ÈJÍRÉ ÒKIN ARA ISOKÒN OMÓ EDUN TI NSEERE ÒRÍ IGI OMÓ ÒTÒ TI NSE NI ÌÈ ÌLÈ ÈJÍRÉ WO ILE OLÓWÓ KÒ LO O WÓ ÌLÈ OLÓLÀ KÒ IA BE ÈJÍRÉ ÒKIN ARA ISKÙN ILÉ ALÁKISÀ L’O TI KI WON ÈJÍRÉ SO ALÁKISA DI ALÁSO O SO ALÁGBE DI OLÓÙNJE O SO ÒTÒSÌ DI ÒLÒRÒ O SO "KINI O SE"? D OLÓKÌKÍ ÒKÌKÍ OWÓ ÒKÌKÍ OMÓ BI TÁ YÉ TINLO NI ÌWÁJÚ BE E NI KEHINDE NFI PÉLÉPÈLÉ BO LEHIN TÁYÉLOLÚ NI OMÓDÉ OMÓ KEHINDE L’EGBÓN ÈJÌRÉ TÁ YÉLOLÚ NI A RAN NI’SE PEKI O LO TO AYE WÓ BI AYE DRA BI KO DARA TÁYÉLOLÚ ONIKÈSÉ OM’’ AKIN O TO AYE DUN BI OYIN TÁYÉ KEHINDE MO KI ÈJÍRÉ ÒKÍN ARA ISOKUN YNDINYNDIN L’OJU OROGÚN ÈJÌ WÒRÒ L’OJU ÌYÁ RÈ ÈJÍRÉDE ILÉ KUN FÓFÓO ÈJÍRÉ KUN ÒDÈDÈE TERÙTERÙ TÁ YÉLOSÚ S’ AJÉ KÒ SE KEHINDE S’AJÉ TIRÈ GBÀRÁÀ AGÁDÁGODO KÒ RÌ WON GBE SE APÈPA KÒ RAN ARA ISOKÚN GBOGO IGI INFORIBALE FUN ÀSÍNRÍN T’OSO T’AJE NFORIBALE FUN ÈJÌRÉ ÈJÌRÁ ÒKÍN ARA ISOKÚN ODE’LE OBA TÈRÍN TÈRÍR ODE’LE IJOYE TAAYÒ TAYÒ AFÍNJÍ ÀDÀBÀ TI NJE L’AWJO ÒSÁ ÈJÌRÉ ÒKIN WA TE’WO MI BO ÒSÚN OMÓ OFINJU OMÓ TI NK’ ORE BA BABA
(CONTINUAÇÃO DO ORIKI) JEKI NRI JE NRI UM ÈJÍRÉ ÒKÍN MA SAI BA WON IYA LÓDO MI
- SOMENTE AS PESSOAS QUE TEM FILHOS GÊMEOS DE NASCIMENTO OU DE ANIVERSÁRIO, DEVEM CULTUAR IBEIJI, COM MATANÇAS, COMIDAS SECAS E FESTAS ANUAIS. - OBATALA (ORIKI IFÉ)
OBATALA OGIRY OBA EJIOGBE OBATALA ALA ASE OBA TAPA LODE IRANJE O FUN ENI NI O GBA FUN EENI TI KO NI A DAKE SIRI SIRI DA ENI LI EJO O WO ENI PEPEPE BI ENI KI RI ENI ABI OWO GBOGBO YO OMO LI OFIN O GBA GIRI DANU LI OWO OSIKA ELE JE OHUN AWA FUN NI JE ONI ILE O FI O JE TI LEKUN OBA BI OJ GBOGBO BI ODUN ALA ALA NIKI NIKI OBA GEGE BI OWO IFÁ OBA DA ENI SI AIYE MA GBAGBE O LEDE SI APERE O FO OSIKA BI ENI GBO OKE ORO OKO LA DEPE ORO OKO ABUKE ORO OKO AFIN ORO OKO LASE ATATA BI RAKUN AGBATAN NI ILE OKUNRIN O TU KOKO ALA FUN OMO LORE
ORIKI APAPO ODU MÈRÍNDÌLÓGUN
ESINSIN A MAA KUN ORI IMI WOIN WOIN O DA F’ODU MÈRÍNDÌLÓGUN T’ OL’OGUN ERU T’ O NI OUN KO L’ENI ESINSIN A MAA KUN ORI IMI WOIN WOIN O DAF’ODU MERINDILOGUN T’O L’OJI IWO FA TO NI OUN KO L’ENIYAN T’ O BAJE PE TI OUN OUN ORUNMILÁ ODO A JE KI NWON MAA BA OUN DO IBI TI AGBAGBA BA TI D’OJA SI NI EYE OKO TI I NA A IBI TI OGEDE BA TI FI IDI BALE SI IGBO NI I IDA EWON MÈRÍNDÌLÓGUN I NWON NFARA WON IRE T’IHIN WA IRE T’OHUN BO AJERE OLONOONA IRE T’IHIN WA IRE T’OHUN BO AJEERE OLONOONA Obs.: para ser feita, no caso de esquecer ou não saber o Oriki do ODÚ a que está se presenteando. "O sobrenatural existe, mas minha tese é a de que o sobrenatural é natural." Darcy Ribeiro "O temor é para nos alertar do perigo, não para nos afastar dele." Autor desconhecido
Reza para OBI / OROGBO Após esfriar o chão e com o OBI / OROGBO entre as mãos. Saudação: Ago Aiyé mojúbá, ago... Ago Òrísà gbogbo (òrísá que se oferta) ou Ago òrí (fulano) mojúbá Obi ago mojúbá asé - Awa ni dide: paz, saúde, prosperidade, etc... Descolando o obi, retirando os 4 pedacinhos de cima, dizendo: OBI DO FO OBI DO JO OBI SE TUN OBI MERIN Reza do OBI / OROGBO ALA L’OPO MOFI WA O ALA OSI MO FI WA E L’ OPO L’OMÓ NLÓ WA NRE KE BA O MEJI KETU OTUN OBI / OROGBO RERÉ L’OMO NLÉ OMI OBI / OROGBO ELEDA L’OMO (Fulano) OU ÒRÍSÁ (Nome) Jogar água OBI NLÓ resp: APA NIÉ (3 vs.)

ODÚ

AKONOLIRAN BI IYE KAN ENI AQUELE PERSONALIDADE DOS ODÚ 1 - ÒKÒRÁN - responde Èsú, Sangó, Oya, Òsàlà, Oduduwa e também Ikú.  Èsú adverte que há perigo de roubo, brigas, discussões, inimizades, intrigas, perda de emprego, separação, prejuízo em qualquer tipo de negócio, sustos. Adverte também que está sujeito prisão, acidentes, feitiços, com os caminhos fechados, enfim, ruína.  cliente sente dificuldade em realizar seus negócios, impedindo por inimigos ou pessoas invejosas, é necessário fazer èbó, para retirar as perturbações, e para que Èsú trabalhe em sua defesa.  quanto a personalidade das pessoas regidas por esse ODÚ, na verdade é um mau caráter, pois além de prejudicar a própria vida, procura transformar a dos outros, sem se importar com ninguém. Provocam intrigas e separações, mesmo que seja dos próprios pais, filhos ou de qualquer outra pessoa.  quando a regência for de ÒKÒRÁN MEJI, a pessoa é altamente problemática, mas, se caso o outro ODÚ seja mais tranqüilo, terá seu caráter amenizado.  quando sair no jogo, deverá ser despachado a porta, com uma quartinha usada para esse fim.  presente deverá ser entregue em lugar alto, encruzilhada aberta do lado esquerdo, fazer Oriki, Ofó ÈSÚ, e, tudo que se fizer para ÒKÒNRÓM, deverá ser feito para ONA, ORITÁ e ODARA.  na volta do presente, dar comida a SANGÓ AIRÁ, OYA e ÒSÀLÀ, também em lugar alto.
2- EJIOKO OU OKO  responde Ibeije, Osalá, Sangó, Orunmilá Ajésaluga, Ogun e Esú. Apesar de Ibeije, responder nesta caída, é Osala quem comanda (protetor das crianças), por causa da personalidade instável de Ibeije.  quando esse ODU cai na 4ª caída, surpresas boas, cartas, dinheiro, lucros em negócios, amores, boas notícias, casamentos, amigação, noivado, convites para festas e fim de sofrimento.  na 1ª caída, fala em mediunidade, representa também ciências Ocultas; nas demais caídas fala de demandas, indecisões, gravidez.  quanto a personalidade das pessoas regidas por esse ODÚ ou sob sua influência, são muito alegres e felizes, possuem muita sorte, porém não chegam a ficar ricos, não são ambiciosos e procuram dividir tudo o que possuem. São muito confiantes, voluntariosos, geniosos, prepotentes, exigentes e tentam sempre impor suas vontades. Dessa maneira adquirem constantemente inimigos declarados e ocultos, pois pessoas desse ODU são muito invejadas e vítimas de inimigos traiçoeiros, acarretando muitas demandas para impedir o completo triunfo das pessoas sob essa influência.  para que possam ter sucesso deverão aprender a guardar segredo de todas as suas verdadeiras intenções e se algo sair errado, se tornam muito sofridas, quando algo não lhes sai como desejam, e, aí, fazem mexericos e criam grandes confusões, mas como geralmente possuem bom coração, logo se arrependem do que fizeram e procuram contornar a situação criada por eles mesmos e tentam tudo para reconquistar as amizades perdidas. Sofrem muito por doenças, amores não correspondidos, enfim, a personalidade é bem instável.  dar o presente num jardim ou na entrada da mata, ao voltar, dar bastante canjica nos pés de OSALA com 22 acaçás em cima, jogar OBI ABATA e ao dar ALAFIA, comer um pedacinho e o restante colocar em posição de ALAFIA em cima da canjica.
3 - ETAÒGÚNDÁ OU ÒGÚNDÁ  responde Ogun, Iemonja, Èsú, Oya, Obaluayê, Sango, Iyá Amapo. Ogun se apresenta com toda força da espada da Lei da justiça, é um ODÚ justiceiro, por ser ele o Senhor das lutas e das batalhas.  quando esse ODÚ se apresenta no jogo, o consulente deverá ser esclarecido afim de encontrar forças necessárias para enfrentar para enfrentar todas as situações desagradáveis e jamais recuar diante de qualquer obstáculo. Somente não deverá agir com impulso de maldade e sim espírito de bondade e esperteza, e muita calma, pois é uma indicação de dificuldade com alguns prejuízos e graves conseqüências. O consulente deverá ficar em alerta, pois haverá fracassos nas realizações de grandes projetos, quando esse fato acontece, é preciso que o consulente tenha muita calma e paciência, pois esse e um Karma imposto por esse ODÚ, e nesse momento, este deverá agir com prudência e acima de tudo com justiça. Não deve depositar confiança demasiada em certos amigos, pois no meio deles haverá um traidor, um falso amigo. - este só terá bons lucros e bons resultados, mediante seus próprios esforços e sacrifícios, pois deverá ter muito cuidado para não haver acidentes em rua, estradas, doenças graves e decepções. Os caminhos desse ODÚ, quando em suas fases negativas, poderão indicar também brigas, pancadarias, prisões, separações, desfecho de caso na justiça, documentos importantes sem andamento, rompimento de uma sociedade, falência e separação amorosa. - o consulente deverá ser alertado, quanto a todas essas possíveis situações desastrosas, incluindo também um aviso importante que haverá perigo de papeis comprometedores, nesse caso, este deverá ter muita calma e cautela com essa situação, e de que ele somente vencerá todos os obstáculos, se ele próprio tiver razão, pois esse ODÚ, só age pela razão. - o homem regido por esse ODÚ, é muito viril, sério e organizado; quando a mulher, tem muita fertilidade, mas não é sensual (sexy). Tanto um, quanto o outro, são radicais, olho por olho, dente por dente. Esse ODÚ, tem uma certa ligação com ÒBÀRÁ, portanto quando for dar presente a ÒGÚNDÁ, deverá se dar também a ÒBÀRÁ e a EJILASÉBORA, e o presente deverá ser em forma de triângulo. 4 – ÌROSÚN OU ÌOROSÚN - responde Oya, Sango, Egungun. Ewa Olokun, fala em Èsú e Òsàlá - devido o fato de Oya ter sido vítima de muitas calúnias e injustiças, ocasionadas por Egungun, e, sendo este ODÚ, um dos ODÚ de Oya, as pessoas regidas por este Odú, tendem a sofrer todos esse tipos de problemas. - porém Sango, nesta caída, responde com certa decisão e justiça. - Òsàlá, por sua vez, também promete dar um pouco de alívio e proteção. - devido ao Karma imposto por esse ODÚ, em sua fase negativa traz influências desagradáveis e causa principalmente ao seu consulente ou a quem é regido por ele, um círculo de falsos amigos. - este ODÚ tem grandes poderes de sabedoria, em sua fase positiva, ele propicia alívio a doenças e caminhos fechados, porém nem todos os problemas poderão ser totalmente resolvidos, mas pelo menos aliviados. - quando se posiciona à esquerda, indica grandes desgraças, ciladas, roubos, indecisões, calúnias, traições de pessoas amigas, acidentes, muitas tristezas, paixões violentas, muita falsidade, até mesmo dentro de casa e no trabalho, além de perigo de morte repentina. - já quando sai a direita, é indicação de que haverá resolução dos problemas por pior que sejam. Obs.: - este ODÚ, deverá ser encaminhado, sempre que sair na 1ª, 2ª e 3ª caídas. - se a 1ª caída for Irosun, 2ª Odi e a 3ª Ofun, é indicação de grandes choques de correntes negativas, está situação é por demais complicada, é perda em muitas coisas, mas principalmente no amor. - 4 acaçás, 4 moedas, 4 velas, 4 bolos de farinha, 4 ovos (mencionar somente o nome do ODÚ), para um agrado mensal, para os regidos por esse ODÚ. 5 - OSÉ - responde Òsún, Iemonja, Osòósi, Obá, Olokun, Oso, Ajé, Onilé, Ogun, Oduduwa, Obatala e Òrúnmilá. - quem possui esse ODÚ ou é regido duplamente com ele, possui poderes para feitiçarias, e, são imunizados ao feitiço, mas não quer dizer que não pode levar uma balançada. - é um ODÚ de grandes causas no seu lado positivo, propõe-se a defender o consulente em todos os aspectos. Ele determina fim de sofrimento, traz grandes possibilidades de triunfos e de cargos, terá possibilidades de se envolver com grandes personalidades, é também envolvido em mistérios, indica mediunidade, bom caráter, cargo de chefia na casa de santo e no trabalho. - quando esse ODÚ, dirigi o ÒRÍ da pessoa, a mesma é misteriosa, vaidosa, quando lhe é conveniente é mão aberta, possui muito charme, além de ser muito inteligente, gosta dos prazeres, são prosas e convencidas, ambiciosas, perseverantes e complicadas no amor, pensam em grandes lucros. Quase sempre são impetuosas na maneira de agir e com isso, perdem grandes oportunidades, pois sempre haverá um inimigo oculto, tentando com grandes esforços derrotar as pessoas desse ODÚ. - porém elas conseguem vencedor as batalhas e em pouco tempo se reequilibram, obtendo lucros, realizando seus desejos. - quando esse ODÚ, s e apresenta nas 1ª caídas consecutivas, é indicação de feitiçaria, e, nessa feitiçaria, quem responde é Èsú e Egungun. Este é o ODÚ invocado pelas feitiçarias (AJÉS) e feiticeiros, pois eles fazem pacto com as IYA MI. - quando sair 2 vezes, é indicação de magia e falsidade de mulheres, e o consulente será ludibriado com promessas que não serão cumpridas, também haverá perseguição de um homem. - também indica uma doença grave (mental), não tratada poderá levar à loucura, mas essa situação é passageira, fazendo ebó, todas as negatividades serão despachadas e todos os inimigos serão derrotados. Observações 5 + - situação em que OSÉ se propõe a ajudar situação favorável 5 - se faz ebó grande, dando caminho em lixeira grande + 5 onde tenha urubu. 5 5 - ebó em lixeiras pequena + 5 pode ser latões de lixo na rua + 5 - não há ebó, mas deverá ser dado presente à IYA MI numa jaqueira dentro de um bosque. + - igual a situação anterior 5 - Presente às IYAMI (para se livrar de invejas, feitiços, enviados por 3°) 5 bolos de farinha 5 bolos de arroz 5 ovos 5 moedas 5 velas acesas ao redor alguidar morim branco - Colocar no pé de uma jaqueira, 1° o pano, o alguidar, o cliente deverá apenas tocar as coisas na testa e no peito e colocar no alguidar. Isto poderá ser feito tanto no amanhecer quanto no entardecer. - quanto ao presente, entregar na cachoeira em lugar alto, na volta dar comida a ÒSUN, Osòósi e YEMONJA, fazendo ÒRÍKÍ de cada um. 6 - ÒBÁRÁ - responde Oya, Sango, Èsú, Abiku, Òsàlá e Òrunmilá - as pessoas que estão sob essa influência, quase sempre são vítimas de calúnia, problemas com justiça, rompimento com casos amorosos, perda de emprego ou de qualquer outra oportunidade boa, isto é, se ele se apresentar 3 vezes consecutivas, através de ebó, poderá a qualquer momento receber auxílio inesperado, portanto deverá pegar as oportunidades por melhor que se apresentem. - as pessoas regidas por - esse ODÚ impõe muitas influências negativas, tanto para o consulente, quanto para as pessoas regidas por ele. - devido a forma carmática muito pesada a qual esse ODÚ propicia, as pessoas se tornam muito perturbadas, negativas e lutam com grandes dificuldade tentando realizar algo importante na vida, porém todos os caminhos se fecham. - geralmente, elas sofrem constantemente, problemas de doenças, correndo alguns riscos de vida, pois esse ODÚ, pode ocasionar de um momento para o outro a morte, tanto por enfermidade quanto por acidente grave ou por um crime. - na verdade, esse ODÚ, repentinamente causa supressão com a morte, não permitindo por muito tempo tratamentos médicos e nem trabalhos espirituais. - para as pessoas desse ODÚ, existe um fator muito importante: quando ele está em boa fase, ele oferece vitórias sobre todas as lutas e inimigos, os quais tentam guerrear com armas baixas, caluniando, difamando, dando falsos testemunhos, intrigando e fazendo magias pesadas, etc., com propósitos mesquinhos tentando denegrir a boa imagem e a dignidade das suas vítimas. - somente com um grande ebó, muitas obrigações e muita calma, o consulente poderá gradativamente atingir seus objetivos, caso contrário o mesmo perderá tudo, até mesmo a própria vida. - para as pessoas que vão viajar ou que trabalham viajando, deverão ter cuidados especiais fazendo ebó. - para as pessoas que irão submeter-se a cirurgias, também deverão fazer um ebó. - as pessoas desse ODÚ, embora aparentemente estejam em boa situação, deverão agradá-lo uma vez por mês (dia 11 de cada mês), mas atenção, não é dar caminho, mas sim agradá-lo. O tipo de agrado mensal, não é o mesmo que o anual, é mais simples. - as pessoas desse ODÚ, deverão usar constantemente um patuá especial, banhos de folhas em defesa, afim, fazer OFÓ e ORIKI. - as pessoas desse ODÚ ou influenciadas por ele, é necessário além de ÈBÓ ODÚ, verão fazer um ebó IKÚ para um espírito de uma antepassado o qual sempre tenta viver encostado com propósito de levar a pessoa. - quando ÒWÓRÍN MEJI, para se obter um bom caminho na vida, é preciso quase que "nascer de novo", isto é: fazer feitura de Orixá, confirmar-se Ogã ou Ekeji, quando for o caso de confirmações. - as virtudes desse ODÚ, são muitas: mediunidade, vidência, premonições, sorte no jogo, no amor, em comércio e vitória sobre os inimigos, só que de forma lenta e muito sacrificada. - quantas vezes esse ODÚ se apresentar no jogo, quantos serão os caminhos. 11 - caminho de estrada + 11 - caminho de mato cercado de perigos 11 - caminho de água 11 - caminhos perigosos + + 11 - perigos em vigor 11 + - absolvição 11 - última oportunidade 11 + 11 - última solução nascer 11 para o orixá + 11 - perigos a caminho 12 - EJILASÉBORA - responde Sango, Ilé, Èsú, Ajê e Òrúnmilá - esse ODÚ, é o mesmo que outorgou poderes aos 12 ministros de Sango, os quais apenas 6 podem absolver ou condenar. - as pessoas sob a influência desse ODÚ, ou regidos por ele, são pessoas prestativas, inteligentes, justas, possuem bom coração, e mesmo quando ocupam uma posição social elevada, jamais perdem a pose de um rei ou de um ministro. - o homem desse ODÚ, é quase sempre predestinado ao trabalho pesado, mas encontrará sempre ajuda de um amigo no momentos difíceis, também poderá receber uma herança e ter grande futuro, agora, tanto para o homem, quanto para a mulher, ele prediz que haverá sempre muitas batalhas na vida. - quando esse ODÚ se apresenta no jogo, deve-se despachar a porta e encerra-se o jogo imediatamente, soprando-o em direção à rua com as duas mãos. - quanto ao consulente, comente realizará seus internos, mediante feitura de orixá ou confirmação (Ogã ou Ekeji), ou de uma grande obrigação, pois caso contrário, o mesmo fracassará. - com relação ao jogo, o cliente deverá fazer um pequeno ebó (tudo branco de n° de 4), dar-lhe um banho de folhas frias e mande que retorne após 3 dias, durante os quais deverá tomar banho com as filhas que foram preparadas para ele, ao voltar dar-lhe o 4° banho e, voltar para o jogo e abri-lo de onde parou. - quando sair no jogo, ÒSÁ e em seguida EJILASÉBORA, indica que o consulente terá grandes dores de cabeça, podendo se tornar um ébrio ou um débil mental, essa indicação também é estendida à alguém da família, que correrá o mesmo risco. - quando esse ODÚ, se apresenta em qualquer posicionamento, encerra-se o jogo, pelo fato do mesmo dar o veredicto que a solução será mediante a uma grande obrigação de orixá. - a finalidade desse ODÚ, é avisar de perigos que poderão vir a acontecer tais como: prisões, brigas, misérias, sangue, ruínas, perdas de tudo e desgraça total caso não seja afastado os fatores negativos através do ebó e grandes obrigações aos Orixás. 7 - dar caminho a ODI, ÒSÁ e ÌROSÚN 12 + 9 depois dos ebós feitos, espera-se 4 dias para voltar 4 a jogar, porém apenas com 4 búzios perguntando Òrùnmilá, quais os tipos de obrigações que deverão ser feitas para o cliente e para quais orixá. - quanto ao presente, deverá ser entregue numa pedreira, bem alto, no raiar do sol, de frente para o nascente, fazendo o ORIKI. Na volta dar comida à SANGO. 13 – EJILOGBON ou OLOGBON - responde Obaluaiyé, Nanã, Egun, Ogun, Òrunmilá. - Esse ODÚ é um dos mais velhos e as pessoas regidas por ele, poderão vencer as maiores dificuldades, mas não possuem muita sorte no amor e, por essa razão, vivem constantemente perturbadas, porém não deixam de ser trabalhadoras, honestas ao extremo, possuem muita vontade própria, são muito conscientes, sensíveis, e quando se sentem agredidas se tornam momentaneamente vingativas.QUE SOLIDARIZA CONOSCO IBÁ AKODA COMO SE FOSSE DE NOSSA PRÓPRIA FAMÍLIA IBÁ ASEDA SUA BENÇÃO, PRIMEIRO SER CRIADOR NA TERRA OLOJO ONI IBÁ A RÉ O SUA BENÇÃO, CRIADOR DO DIA DE HOJE ASÉ ASÉ ASÉ
PARA SER REZADA A TERMINO DO JOGO, COM O OBJETIVO DE PASSAR A RESPONSABILIDADE AO CLIENTE, QUANDO ESTE RESOLVE NÃO TOMAR CONHECIMENTO DO LHE FOI DITO. ORUKO AWON / ORISÍ IFÁ MIRAN TOUÁ NIKE YORUBA TI O IÁ TO SI ÒRÚNMÌLÁ MI ABIBÁ / OOBI UNLE OLOKUN OLOKUN AWO UO MIPE Obs.: acostumar-se a rezar após a saudação de abertura, antes de iniciar o jogo, pois com certeza, não terá esquecimento ao terminar, pois é muito comum acontecer de esquecer. Passe imediatamente a responsabilidade.
Relação Odu / Orisa Marcação para Orisa Cor para identificação 1 Èsú 1 Èsú vermelho e preto 2 Ibeiji 2 Omólu preto e branco 3 Ogun 3 Ogun verde 4 Iemonja 3A Logun amarelo e azul 4’ Iemonja/Ogun/Oya 4 Iemonja 5 Èsú 5 Ode azul claro 5’ Èsú / Beseyn 5A Ossayin verde e branco 6 Ibeiji / Òsálà 6 Sango vermelho e branco 7 Èsú / Sango 7 Oyá marrom 8 Omólu/Oguiã/Òrúnmílá 8 Òsún amarelo 9 Oyá 9 Ewa laranja 9’ Oyá/Iyá/Iemonja 10 Beseyn amarelo e preto 9’’ Oyá/Iyá/Iemonja/Sango/Omólu 11 Oguiã azul e branco 10 Òsálà / Esú / Iya 12 Òsálà branco 11 Ogun / Ode 13 Oba vermelho 12 Sango / Omólu / Èsú 14 Nanã roxo 13 Nanã 15 Ibeiji 14 Iemonja Tempo 14’ Iemonja / Òsún 15 Ewa 16 ÒRÚNMÌLÁ
ODÚ por ordem de chegada 1 - Ogbè 9 - Ògúndá 2 - Òyèkú 10 - Òsá 3 - Ìworì 11 - Ìká 4 - Odi 12 - Otúrúpòn 5 - Ìrosún 13 - Òtúrá 6 - Òwórín 14 - Ìrètè 7 - Òbàrá 15 - Osé 8 - Òkònrán 16 - òfún Nome dos ODU após OSÉTÚRÁ 1 - Òkònrán 9 - Òsá 2 - Oko ou Ejioko 10 - Òfún 3 - Etaògúndá 11 - Òwórín 4 - Ìrosún 12 - Ejilasèbora 5 - Osé 13 - Ejiologbon 6 - Òbàrá 14 - Ìká 7 - Odi 15 - Obetegunda 8 - Ejionilé 16 - Ìrétè Aláfia ou Òrúnmìlá
Correspondência dos ODÚ por ordem de chegada com os após OSÉTÚRÁ
1 - Ogbè 8 - Ejionilé 2 - Òyièkú 13 - Olugbon 3 - Ìworí 15 - Obetegunda 4 - Odi 7 - Odi 5 - Ìrosún 4 - Ìrosún 6 - Òwórín 11 - Òwòrín 7 - Òbàrá 6 - Òbàrá 8 – Òkonrán 1 -Òkònran 9 - Ògúndá 3 - Etaògúndá 10 - Òsá 9 - Òsá 11 -Iká 14 - Ìká 12 - Otúrúpòn 12 - Ejilasèbora 13 - Òtúrá 2 - Oko ou Ejioko 14 - Ìrètè 16 - Alafia - Ìrètè 15 - Osé 5 - Osé 16 - Òfún 10 – Òfún
Da união do Odú Osé e Òtúrá, nasceu OSÉTÚRÁ Como e quando deve-se encaminhar as fases negativas Apenas 1 caída 1 – Òkònrán, 4 – Ìrosún, 7 – Odi, 9 - Òsá, 10 – Òfún, 11 – Òwórín, e 13 - Ologbon Apenas 2 caídas 5 – Osé Apenas 3 caídas 2 – Ejioko, 3 – Etaògúndá, 6 – Òbàrá, 8 - Ejionilé, 14 – Ìká e 15 - Obetegunda Odu que são envolvidos apenas com Esú 1 – Òkònrán, 6 - Òbàrá e 7 - Odi Odu envolvidos apenas com Egun 4 – Ìrósun, 9 – Òsá, 10 - Òfún e 13 - Ologbon 11 – Ówórin é envolvido com Èsu e com Egun Não podemos esquecer que a maneira de encaminhar os Odú é diferente da forma que se lê. Na leitura lê-se 1ª, 2ª e 3ª caídas seguindo a seqüência da jogada dos búzios. 1ª Norte para 1° caminho - encruzilhada, mato ou estrada
Leste e dependendo da categoria do ODÚ 2ª Leste para 2° caminho - praça, estrada ou mato 3ª Sul 3° caminho - rio, mar aberto (água) Obs.: Quando na 1ª caída sair o ODÚ 5, 8 ou 10, estes estão trazendo um aviso / alerta, que não devemos deixar passar em branco.
Respostas para o Jogo de Obi / Orogbô / Búzios 1. se os 4 pedaços caírem com a parte interna virada par cima, a resposta é Sim = Aláfia; situação favorável, afirmação. 2. quando a situação for inversa ou seja, quando a parte externa está para cima, a resposta é Não = Oyiekú; negação, desastroso, total desfavorecimento. 3. se caírem 2 partes externas e 2 partes internas a caída chama-se Eji Laketú; talvez, alguns interpretam como afirmação, ocorrerá o que se perguntou. 4. quando cair 3 partes internas para cima e 1 para baixo, a resposta é "quase" boa = Etaawá; grande possibilidade de se positivar. 5. se caírem 3 partes externas para cima e 1 para baixo, a resposta é desfavorável = Okònrán; , negação, difícil haver situação favorável. Obs.: em caso de respostas desfavoráveis, ou seja, não cair Aláfia, repete-se o jogo mais 3(três) vezes não esquecendo, nessas repetições, de esfriar-se o chão (com a quartinha) e usar um pouco de mel, depois coloca-se também no prato que está se jogando. Se as 4 (quatro) tentativas forem desfavoráveis, verifica-se o que está contrariando o Orìsá ou o Òrí. Após a verificação, engrandece-se um pouco mais as oferendas ao Orìsá. Quando a caída se mantém negativa, coloca-se as partes do Obi ou Orogbô em cima de um acaçá, em posição de Aláfia, leva-se para Onilê (Terra), não esquecendo de esfriar a porta, volta-se ao quarto de santo e começa-se tudo de novo com outro Obí/Orogbô. Se ao jogar novamente o jogo se fecha, repete-se a mesma operação, só que dessa vez, despacha-se também as comidas secas, encerrando-se a obrigação por esse dia, deixando-se tudo para o dia seguinte. No outro dia, lava-se, defuma-se os bichos e faz-se apenas canjica e acaçá, recomendando a jogar, agora, se fechar novamente, não tem mais o que discutir, deverá ser levado tudo, inclusive os bichos para o mato e oferece-se para o Orìsá, para quem seria feita a obrigação.