quinta-feira, 22 de maio de 2008

SACERDOTISAS


Nome - período que exerceu o cargo

Mãe Aninha - 1909-1938
Mãe Bada de Oxalá - 1939-1941
Mãe Senhora - 1942-1967
Mãe Ondina de Oxalá - 1969-1975
Mãe_Stella_de_Oxóssi - 1976
Eugênia Ana dos Santos (Salvador, 13 de julho de 1869 — 3 de fevereiro de 1938), foi uma importante sacerdotisa do Candomblé.

Biografia
Nascida na freguesia de Santo Antônio Além do Carmo, de uma família africana, Annió (Sérgio dos Santos) e Azambrió (Lucinha Maria da Conceição), da nação Grunci - Mãe Aninha, Oba Biyi, assim era conhecida, seu Orixá era Xangô, foi iniciada por Oba Tossi Marcelina da Silva segunda Iyalorixá da Casa Branca do Engenho Velho.

Auxiliada por Joaquim Vieira da Silva, Obasanya, um africano vindo do Recife e saudado no padê como Essá Oburô, fundaram o Terreiro chamado Centro Cruz Santa do Axé do Opó Afonjá, que foi instalado em 1910, em São Gonçalo do Retiro, depois do Axé ter funcionado provisoriamente no lugar denominado Camarão, no bairro do Rio Vermelho, foi a primeira Iyalorixá da casa, no período de 1909-1938.

Donald Pierson, em "Brancos e pretos na Bahia" 1971, conta que Mãe Aninha não sabia escrever mas falava francês e tocava piano, se vestia à moda da Costa e era conhecida pelo espírito aguerrido, Aninha integrava a elite de mulheres comerciantes da antiga Salvador. Foi companheira do Babalorixá Hilário Remídio das Virgens - Ojuobá por muitos anos

Mãe Aninha exercia a função de quitandeira, vendendo os produtos obtidos na roça que comprara no Alto de São Gonçalo do Retiro, em 1910, local onde definitivamente instalou-se o terreiro do Afonjá.

Era filha de africanos grunci, mas sua iniciação nos mistérios da religião foi com os nagôs da "Casa Branca".

Tornou-se respeitada e querida na Capital baiana, passando parte de sua vida no resgate e manutenção das tradições religiosas africanas, para cuja liberdade de credo lutou, tendo inclusive falado ao então Presidente-ditador Getúlio Vargas, e buscado ligações com a Igreja Católica - numa época em que esta ditava as regras de quem e o quê poderia ser tolerado.

Participou, em 1936 do II Congresso Afro-Brasileiro, falando sobre alimentação litúrgica.

Foi sucedida por Mãe Bada de Oxalá.







Eugenia Anna dos Santos - Mãe Aninha, Oba Biyi

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