quinta-feira, 22 de maio de 2008

SACERDOTISAS

Maria Purificação Lopes ou Mãe Bada (corruptela do posto religioso Badarawo, "aquela que sustenta o segredo religioso; o mistério", também 'Olufan Deyi era filha de Oxoguiã, apesar do nome Olufã Deiy remontar a Oxalufã; de pais e mães africanos, nasceu em Salvador nos meados do século XIX, vindo a falecer em 1941. Segundo os relatos, falava "enrolado", a exemplo das velhas tias dos terreiros, vestindo-se o tempo todo com roupas litúrgicas. Mãe Aninha a chamava de Mãe. Bada a acompanhara na fundação do Axé desde a saída de Mãe Aninha do tradicional Engenho Velho (Casa Branca). Todos os membros da comunidade do Ilê Axé Opô Afonjá de outrora, chamavam-na "minha avó Bada".

Mãe Bada ficou pouco tempo na direção do Opô Afonjá, pois já estava bastante velha e com pouca saúde. Neste intervalo só foi possível recolher (em meados de 1939) o barco dos seguintes iaôs: Antonieta de Omolu (por rmuito tempo a Dagã do Axé Opô Afonjá); Honorina de Ossain ( a Iyá Efun); José de Xangô (filho de Honorina), Dulce de Iemanjá e Senhorazinha de Oxum, todos já falecidos.

Mãe Bada ajudou muitos terreiros a solidificarem-se, a exemplo do reconhecido Oxumarê, na Avenida Vasco da Gama, em Salvador, e o terreiro de Ciriaco (Manuel Ciríaco de Jesus). Neste último, no ano de 1936 iniciou na nação iorubá (nagô, ketu)o jovem Taoiá (falecido) e a menina Carmelita Luciana de Souza (Carmelita Luciana Pinto, depois do casamento), então com sete anos. Carmelita (Carmélia) também filha de Oxoguiã é conhecida por "Xagui". Mãe Xagui, quase octogenária, é a iyalorixá de terreiro sito no Pero Vaz (Salvador) fundado por sua mãe Archanja Maria de Brito (Cassutu) filha de Xangô iniciada pela gaucha Maria Nenem, a qual fora igualmente a mãe-de-santo de Ciriaco e Bernardino do tradicional terreiro angola Bate Folha.



Maria Bibiana do Espírito Santo - Oxum Muiwà, também era conhecida como Mãe Senhora, filha legítima de Félix do Espírito Santo e Claudiana do Espírito Santo, nascida em 31 de março de 1900, na Ladeira da Praça em Salvador, Faleceu em 22 de fevereiro de 1967.

Era descendente da tradicional família Asipa, originária de Oyo e Ketu, importantes cidades do império Yoruba. Sua trisavó, Sra. Marcelina da Silva, Oba Tossi, foi uma das fundadoras da primeira casa da tradição nagô no Brasil o Ilê Axé Aira Intile, depois Ilê Iya Nassô.

Foi Iyalorixá do Ilê Opô Afonjá no período de 1942-1967.

Mãe Ondina de Oxalá

Ondina Valéria Pimentel, Mãe Ondina, Mãezinha (?, 8 de fevereiro de 1916 — ?, 19 de março de 1975) foi uma sacerdotisa afro-brasileira.

Foi iniciada em 1921 e Mãe Aninha sua Iyalorixá a fez Iyakekerê de seu terreiro. Devido a sua pouca idade não pode por morte de sua Iya tomar o posto ficando a Ossidagã confirmada como Iyalorixá.

Por morte de Mãe Senhora tomou posse como Iyalorixá do Ilê Axé Opo Afonjá fundado em 1910. Era filha do Balé Xangô José Teodoro Pimentel e descendente dos fundadores dos Terreiros do Mocambo e Terreiro do Tuntun em Itaparica, respectivamente o africano Marcos Pimentel e seu filho Marcos Teodoro Pimentel que trouxeram para o Brasil o assento de Baba Olokotun um dos ancestrais do povo nago e fundaram o Ilê Olokotun.

Mãe Ondina possuía casa no Rio de Janeiro, onde iniciou muitas pessoas que trazia de Salvador assim como levava do Rio e as iniciava em Salvador. Costumava dizer que aqui ou lá a mão era a mesma.

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